Foto: Agência Brasil
Um estudo realizado pelo Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) apontou que 30% da população brasileira é formada por analfabetos funcionais, pessoas incapazes de compreender textos simples.
A maior parte da população (36%) está no nível elementar: compreendem textos medianos e conseguem resolver operações matemáticas de soma, subtração, divisão e multiplicação.
Outros 35% estão no patamar de alfabetização consolidada e 10% estão no nível proficiente.
Um dado que chama atenção é o crescimento do índice de analfabetismo entre os jovens de 15 a 29 anos. Em 2018, último ano da pesquisa, a parcela de jovens analfabetos era de 14%. No levantamento deste ano, subiu para 16%.
Entre as pessoas que estão trabalhando, 27% são considerados analfabetos funcionais, 34% atingem o nível elementar de alfabetismo e 40% têm nível consolidado.
Nem mesmo as pessoas com alto nível de escolaridade, como o ensino superior, escapam. Cerca de 12% desse público são analfabetos funcionais.
Quando o índice é analisado por diferentes grupos da população, a desigualdade social fica em evidência. Entre os brancos, 28% são analfabetos e 41% estão no nível elementar. Entre os negros, os percentuais são de 30% e 31%, respectivamente.
No estudo, foram entrevistadas 2.554 pessoas entre 15 e 64 anos, com testes de leitura, escrita e matemática realizados entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, abrangendo todas as regiões do país.
A margem de erro estimada varia entre dois e três pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Fagner Ramos 4z5d6v
Jornalista no Baguete Diário