A Agfa Healthcare, unidade de soluções para a saúde do grupo belga, acaba de comprar a brasileira WPD, fornecedora de software e serviços de TI na área de saúde, em uma transação de valor não revelado.
A companhia belga já atua no Brasil há cerca de 20 anos, e tem no país, ao lado da China, seu mercado de maior crescimento em todo o mundo, com média anual sempre na casa dos dois dígitos, segundo o presidente mundial da Agfa HealthCare, Luc Thijs.
“Esta compra reforça nossa atuação com a absorção de conhecimento do mercado local”, destaca o executivo. “Hoje, possuímos em torno de 40% de participação no mercado brasileiro de computação, sistemas e impressão na área de saúde”, completa.
Conforme o presidente, atualmente 50% dos hospitais do país com mais de 200 leitos utilizam soluções da empresa.
Agora, com a WPD, a meta é expandir a atuação na implantação de sistemas de integração de dados istrativos e clínicos (ORBIs, na sigla em inglês).
Thijs não divulga a receita esperada pela Agfa Heathcare para este ano, mas, conforme balanço já apresentado, no segundo trimestre deste ano o faturamento líquido foi de € 290 milhões, queda de 2% sobre o mesmo período de 2010.
Em todo o ano ado, a companhia belga obteve receita de € 1,2 bilhão.
Saúde chama TI
A reforça a demonstração de interesse das companhias estrangeiras no mercado brasileiro de TI para a saúde.
Em fevereiro deste ano, a Philips Healthcare anunciou a compra da blumenauense Wheb Sistemas, em um negócio anunciado como pilar da estratégia da gigante holandesa para crescer no Brasil e América Latina.
Conforme declarou na época o CEO da Philips Healthcare, Steve Rusckowski, o setor de atuação da empresa catarinense – ERP para a saúde - será o “combustível do crescimento na região nos próximos anos”.
Além da Wheb, a multi também adquiriu a paulista Tecso, agregando ambas ao segmento de Patient Care and Clinical Informatics da divisão Healthcare, o que amplia o portfólio de sistemas de gestão clínica da holandesa.
“Estas aquisições complementam nossa liderança em sistemas de imagem e negócios de cuidados com o paciente na América Latina”, afirma Rusckowski.