
FGV aponta crescimento nos investimentos em TI. Foto: divulgação.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta quinta-feira, 16, o relatório da Pesquisa Anual do Mercado Brasileiro de istração e Uso de Tecnologia de Informação nas Empresas, apontando um salto dos gastos das empresas em tecnologia, que agora ocupam uma fatia de 7,6% em relação ao faturamento líquido das empresas.
A pesquisa, realizada com 6 mil grandes e médias empresas que atuam no país, apontou um crescimento desta proporção em relação a 2008, quando os gastos ocupavam 6%. Desde então, as empresas vem gradualmente investindo mais em TI. Em 1994, os gastos em tecnologia só representavam 2,5%.
"Cada 1% a mais gasto pelas indústrias de capital aberto no Brasil em informática, depois de dois anos este investimento será revertido em um crescimento de 7% no lucro destas organizações, independente do setor em que atuam", destacou Fernando Meirelles, professor responsável pela pesquisa.
Segundo o relatório da FGV, os destaques nos investimentos em tecnologia em 2014 continuam sendo os de finanças e serviços. Sempre líder nos gastos com TI, os bancos atualmente empreendem cerca de 13,8% de seu faturamento em soluções tecnológica.
De acordo com a Febraban, o setor financeiro investiu R$ 21,5 bilhões em tecnologia da informação e comunicação ao longo de 2014. O valor apresenta um crescimento de 3,3% frente aos R$ 20,8 bilhões aplicados pelo setor no ano anterior.
Além dos bancos, o setor de serviços também ficou acima da média de 7,6% do mercado, com uma fatia de 10,8% de sua receita destinada à tecnologia.
Outros setores, embora não tenham curvas acentuadas de crescimento como o de finanças e serviços, também registraram sinais tímidos de crescimento nos seus gastos com TI. O segmento de indústria teve um índice de 4,6% em 2014, com uma previsão de crescimento maior em 2015, podendo chegar a 5%.
Depois de um período de estagnação, o comércio também voltou a crescer de acordo com a pesquisa, agora ocupando uma fatia de 3,4% no faturamento das empresas. De acordo com a FGV, o varejo é um dos principais motores nesta vertical.