
Stefanini tem uma operação na capital da Ucrânia. Foto: Pexels.
A Stefanini não tem brasileiros trabalhando na sua operação em Kiev, capital da Ucrânia, país que está sob invasão militar da Rússia desde a madrugada desta quinta-feira, 24, horário local.
A reportagem do Baguete contatou a empresa sobre o assunto há duas semanas. A Stefanini preferiu não fazer maiores comentários sobre a situação no escritório ucraniano.
A operação no país foi aberta em setembro de 2019, com a meta de contratar 50 funcionários até o final daquele ano, focados em e e desenvolvimento de aplicações.
Mesmo que a presença da Stefanini tenha dobrado a cada ano desde então (o que pode muito bem não ter acontecido), ela estaria hoje em 400 profissionais, uma fração mínima dos 25 mil funcionários que a Stefanini tem em 41 países.
O problema é maior para muitas outras empresas. A Ucrânia tem um setor de TI pujante, que emprega 200 mil profissionais, a maioria deles em centros de desenvolvimentos voltados para o mercado de fora do país.
As exportações de tecnologia do país cresceram 20,4%, superando a casa dos US$ 5 bilhões.
Só a Wix, uma popular plataforma de desenvolvimento de sites, tem 1 mil funcionários no país. Um dos países que mais apostaram na Ucrânia foi Israel, cujas startups de tecnologia empregam 30 mil ucranianos.
O país forma cerca de 30 mil profissionais por ano e as vagas no setor são especialmente atrativas por pagarem em dólar ou euro e serem menos expostas à instabilidade política no país.
Com os russos se aproximando em velocidade de Kiev, onde o governo deve ser derrubado e substituído por es alinhados à Rússia, que por sua vez deve sofrer graves sanções internacionais, os anos dourados do setor de TI da Ucrânia podem ter ficado para trás.