
Stefanini multiplicou sua presença no Perú. Foto: Pexels.
A Stefanini acaba de fechar a compra da peruana Sapia, definida pela empresa como “um dos principais players de transformação digital do país”.
Em nota, a Stefanini não chega a dizer quanto pagou ou nenhuma informação mais concreta sobre o tamanho da Sapia, além do fato de que ela tem 180 clientes.
Nada que uma pesquisa rápida não resolva: a Sapia tem cerca de 700 funcionários no Linkedin, trabalha com soluções de nuvem e telecomunicações de players como Microsoft e Huawei.
O gerente geral é Alberto Indacochea, contratado em 2019 vindo da IBM, onde ou 11 anos, sendo por um período gerente de vendas para o setor financeiro e outro country manager da divisão Global Tecnology Services, o que dá também uma ideia do perfil da Sapia.
Assim como a Stefanini, a Sapia começou sua trajetória nos anos 80, tendo sido adquirida pelo fundo Altra Investments, que provavelmente estava de olho numa venda posterior, o que acaba de acontecer.
A Stefanini não é uma novata no Perú, onde está há 20 anos, ou na América Latina em geral, onde emprega 4 mil pessoas, tem 280 clientes e presença na Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Uruguai, El Salvador, Panamá e Honduras
Do total de clientes da Stefanini na região, mais de 60% são multinacionais, 57% têm mais de 10 mil e 55% têm receitas acima de US$ 1 bilhão.
"Com a aquisição da Sapia, temos certeza de que atuaremos em sinergia com seus clientes para oferecer soluções customizadas e de alto valor agregado para expandirem ainda mais seus negócios", destaca Jaime Mourão, country manager da Stefanini Peru.
Mourão é um nome recente na Stefanini, tendo sido contratado em 2020.
O executivo fez carreira em grandes empresas no Perú, incluindo a operação local do banco espanhol BBVA, onde foi CMO, a Latam, onde foi diretor de vendas digitais e a Nortel, onde foi country manager.
A Stefanini faturou R$ 4 bilhões no ano ado, resultado que representa um crescimento de 21% em relação a 2019 e é um dos melhores da empresa nos últimos anos.
Para 2021, a empresa projeta manter o ritmo e chegar a R$ 5 bilhões, o que é uma cifra interessante para uma empresa tão internacional, ficando perto de US$ 1 bilhão (supondo que o dólar não estoure ainda mais). Compras devem ter um papel importante.
“Estamos avaliando outras oportunidades no Brasil e no exterior, com grandes chances de manter o nosso projeto de M&A a todo vapor", afirma o CEO Global do Grupo Stefanini, Marco Stefanini.