Stefanini investe no coração do Leste Europeu. Foto: Shutterstock
O processo de expansão internacional da Stefanini está levando a companhia brasileira para lugares inusitados. A última localidade da lista é Targu Mures, uma cidade de apenas 134 mil habitantes no coração da região da Transilvânia, na Romênia.
A princípio, a Stefanini empregará 30 funcionários, com meta de duplicar o número até o final do ano. Essa é a terceira operação da companhia brasileira no país do leste europeu, onde já está presente na capital Bucareste e em Sibiu, um importante polo regional.
A empresa tinha no final de 2014 mil funcionários romenos.
"O objetivo é facilitar os planos futuros de recrutamento, uma vez que as pessoas que vivem aqui falam alemão e húngaro, línguas que têm uma grande demanda no mercado de outsourcing", disse Andreea Stanescu, vice-presidente da Stefanini EMEA Delivery.
A diversidade de idiomas na cidade, na qual metade da população fala húngaro, é um resquício do controle por parte do Império Austro-Húngaro da região da Transilvânia, encerrado com a derrota na primeira guerra mundial.
A abertura em Targu Mures não é uma aventura. A Stefanini tem metas de ampliar seu faturamento vindo do exterior, saindo da marca de metade do faturamento para representar 75% da receita em até cinco anos.
A companhia registrou um crescimento de 11% em 2015, com um faturamento de R$ 2,6 bilhões.
A Romênia, um país de cerca de 19 milhões de habitantes, tem 46 mil profissionais de TI, com uma sexta parte dos 30 mil engenheiros formados anualmente no país com capacitação na área de tecnologia.
O país exportou € 1,4 bilhão em serviços de TI em 2013, uma média per capita maior que a dos Estados Unidos ou Índia. A capital ainda abriga 63% desse total, mas gigantes como IBM, HP, Amazon e Alcatel-Lucent já estão abrindo unidades no interior do país.
A Stefanini não está colocando suas fichas somente na Romênia. No início de 2016, a companhia divulgou a meta expandir seus negócios nas Filipinas, prevendo um aumento de 1 mil para 2 mil funcionários até o final do próximo ano.
Além disso, segundo destacou Ailtom Nascimento, vice-presidente do Grupo Stefanini, em entrevista ao Baguete no ano ado, a consolidação da operação nas Filipinas servirá como porta de entrada para o rentável mercado chinês.
Presente em 39 países, a Stefanini é atualmente a 5ª empresa brasileira mais internacionalizada, figurando atrás da Gerdau, InterCement, Odebrecht e Fitesa, segundo levantamento da Fundação Dom Cabral.