
Rilix Coaster usa RV para simular montanha russa. Foto: divulgação.
A Rilix, startup catarinense especializada em realidade virtual, investiu no conceito de RV para conquistar o mercado de entretenimento, com o lançamento do Rilix Coaster.
O produto da empresa de Balneário Camboriú combina o uso do Oculus Rift, equipamento de realidade virtual, com uma estrutura física que emite vibrações para simular o efeito de uma montanha russa. De acordo com os criadores do Coaster, Franco Gonçalves e Lennon Bisolo, o efeito de imersão se equipara à de uma montanha russa tradicional.
"O participante pode olhar para todos os lados durante o filme, enxergar os detalhes do cenário e se sentir mergulhado no eio, que pode chegar a velocidades de mais de 100 km/h. Tem cenários em que o carrinho pode chegar a mais de 140 km/h", explica Gonçalves.
Segundo o sócio da Rilix, o plano de criação do Coaster começou há dois anos, com um investimento próprio de R$ 100 mil reais. Com foco no mercado de entretenimento (parques, shoppings, espaços de recreação), a companhia já comercializou cerca de 25 unidades do produto.
"Nosso objetivo até o final do ano é alcançar cerca de mil equipamentos vendidos", estima o empresário. O produto, que inclui o equipamento (uma réplica de um carrinho com uma U que roda a aplicação de RV, um Óculus Rift e um fone de ouvido) custa R$ 44 mil.
Para Gonçalves, a aceitação do Rilix está servindo como um cartão de visitas do uso de realidade virtual como entretenimento para crianças e jovens.
"É um conceito relativamente novo para o público médio brasileiro, por isso é interessante para a gente estar na ponta do uso de RV, pois podemos aperfeiçoar nosso produto com maior rapidez frente à competição", afirmou o sócio da Rilix.
De acordo com o empresário, ja é possível encontrar o brinquedo em parques e empresas de turismo em estados do Amazonas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
"O produto também já alcançou empreendedores que instalaram o sistema para comercialização de tickets em lojas e quiosques de shoppings centers, eventos e outros", completa Gonçalves.
BEENOCULUS
Outra startup da região sul que também aposta na tendência de RV é a curitibana BeenOculus. Entretanto, a startup tem uma proposta diferente, voltada diretamente ao consumidor final: usar o smartphone como display e vender o equipamento por R$ 100.
O produto consiste de um óculos com lentes especiais, nos moldes do famoso Oculus Rift, empresa de realidade virtual comprada pelo Facebook. Entretanto, em vez de ter um display próprio, a ferramenta conta com um espaço para inserir o smartphone, que pode ter telas de quatro a seis polegadas.
O dispositivo usa o smartphone como tela e seus sensores de movimento para simular a sensação de imersão do visor, que muda o ponto de vista de acordo com os movimentos da cabeça de quem usa o óculos.
O produto é resultado de um investimento próprio de R$ 2,5 milhões. A criação resultou em um spin off da empresa BeeTech, empresa especializada em software. A empresa está atualmente sediada na Incubadora Tecnológica do Tear (Intec).