
José Bublitz Machado.
A SND, distribuidora brasileira de tecnologia, fez uma alteração no seu comando, com a saída de um diretor e a fusão de duas diretorias.
Edson Fruchi, ex-diretor Financeiro, ou para um conselho consultivo da empresa. Marcelo Soares, ex-diretor de Vendas, assume a posição
Com isso, a diretoria de vendas deixa de existir e a a ser incorporada pela antiga diretoria de Produtos e Marketing em uma nova diretoria Comercial, sob o comando de Fábio Baltazar.
Claudio Sender continua exercendo o cargo de Diretor de Operações e Tecnologia e a empresa segue presidida por José Bublitz Machado.
Todos os nomes tem uma longa trajetória na SND. A empresa foi fundada em 1986, sendo vendida em 2008 para grupo investidor suíço First Alliance.
Os sócios fundadores ficaram na empresa, com o benefício de exercer uma opção de compra de 25% em cinco anos, o que acabou sendo feito em 2014, quando eles compraram a participação. Os outros 75% foram para a Inversora Gelber, um fundo uruguaio.
Segundo o Valor Econômico revelou na ocasião, o negócio foi de R$ 53 milhões.
Na época da operação, a SND era considerada uma das cinco maiores distribuidoras de TI do país, junto com Officer, Tecdata, Ingram Micro e Avnet.
Desde então, muita água ou por baixo da ponte.
No ano seguinte, a Officer, a maior distribuidora do país, pediu recuperação judicial, um processo concluído no ano ado e que resultou em uma empresa muito menor.
Os problemas da Officer são os problemas do segmento como um todo: fluxo de caixa alto e margens baixas, tudo em um cenário de crise econômica.
Gigantes internacionais aproveitaram a chance para investir no país, comprando players locais: Arrow comprou a CNT Brasil, a ScanSource levou a Network1.
A SND sobreviveu ao turbilhão, mas parece difícil que os últimos anos tenham sido de muito crescimento.
Em 2014, antes da pior fase da crise econômica, a empresa falava em dobrar a receita até o final de 2015 para R$ 1 bilhão.
De acordo com dados da Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação (Abradisti), o segmento fechou o ano de 2015 com uma queda de faturamento de 8%.
Em 2017 a situação começou a melhorar, com a mesma Abradisti divulgando um crescimento de 7,6% e uma previsão similar para 2018.
Na sua nota sobre a alteração na diretoria, a SND não menciona valores ou faz projeções, um sinal dos tempos mais cautelosos do setor de distribuição no país.
As mudanças na diretoria, no entanto, acontecem em conjunto com um seu rebranding e o lançamento de uma nova solução de crédito para revendas, um dos pontos chave no negócio de distribuição.
O novo sistema facilita a vida dos parceiros da SND, que em 2018 faturou para 37 mil CNPJs, sendo 7 mil para revendas de TI e 30 mil para clientes de revendedores.
“A possibilidade de faturar direto para o cliente final é um grande benefício para as revendas, que poderão se dedicar ao máximo ao seu cliente, deixando com a SND as questões financeiras e de logística, recebendo sua comissão de forma simples e prática”, explica o presidente da SND, José Bublitz Machado.