
Siegfried Koelln, diretor da SKA. Foto: Baguete.
A fusão da Objet e Stratasys, responsável pela criação de um gigante da área de impressão 3D, com faturamento de US$ 3 bilhões, teve impactos também no Brasil, onde acabou por criar um líder no campo.
Essa empresa é a SKA, de São Leopoldo, que já trabalhava com a Stratasys, e, com a fusão com a Objet, amplia seu portfólio e as possibilidades da área de negócio.
A meta é que em 2013 a área de impressão 3D represente um quarto do faturamento, que deve chegar a R$ 40 milhões, uma alta de 50% frente ao ano ado. Empresas como Embraer, Fiat, Marcopolo e Itautec já usam máquinas vendidas pela SKA.
“O portfólio das duas empresas é complementar, o que vai favorecer bastante a nossa oferta”, explica Siegfried Koelln, diretor da SKA, explicando que as impressoras da Stratasys são mais parecidas com injetoras, trabalhando com um material, e que as da Objet aceitam diferentes insumos.
A SKA já treinou sua equipe comercial em Israel, sede da Objet, e comprou uma impressora Connex, um equipamento high end com custo na faixa dos US$ 250 mil para o showroom em São Leopoldo. A empresa já havia feito uma aquisição similar da Stratasys ano ado.
Com a impressão 3D cada vez mais apontada como o futuro da manufatura – ou até mesmo o catalisador de uma nova revolução industrial, segundo defende o editor da Wired, Chris Anderson, em seu último livro – a tecnologia deve se tornar um dos principais focos de negócio da SKA, junto com as linhas tradicionais de CAD e CAM.
“Nosso objetivo é ter a solução completa para design e manufatura”, explica Koelln. “Acredito que a impressão 3D tem potencial para ser algo tão impactante como a massificação dos softwares de CAD levado a cabo pela Solidworks”.
Maurício Renner cobre a Solidworks World em Orlando a convite da Solidworks.