
ServiceNow está bombando. Foto: Depositphotos.
A Accenture, uma gigante da área de consultoria, e a Aoop, uma empresa paulista, disputam taco a taco a liderança do mercado brasileiro da plataforma de gestão de workflows ServiceNow.
É o que aponta o relatório ISG Provider Lens ServiceNow Ecosystem Partners 2023, que avaliou 27 parceiros da ServiceNow no país, colocando a Accenture e Aoop na frente nas três categorias avaliadas (consultoria, integração e provedores de serviço).
A análise da ISG funciona na moda do Quadrante Mágico do concorrente Gartner, apontando o posicionamento dos players em um mercado em quatro quadrantes diferentes, de acordo com um eixo que mede “atratividade do portfólio” e outro avalia “força como competidor”.
A melhor posição para se estar é na ponta superior direita, o quadrante dos líderes de mercado. Em todos os três, a Accenture lidera, seguida de perto pela Aoop.
(Alpar, Capgemini, Deloitte e Extreme Group também aparecem no quadrante dos líderes nos três quadrantes. Digisystem e Nuvolax estão em dois e a Wipro em um quadrante).
A Aoop foi fundada em 2017 por Luiz Cesar Baptistella, que vinha de atuar por um ano como executivo de vendas enterprise na ServiceNow.
No ano ado, a companhia fechou o ano com um faturamento de R$ 70 milhões, uma alta de 45% frente aos resultados de 2021.
Hoje a Aoop tem 270 profissionais atuando só com a linha ServiceNow, atendendo hoje 100 empresas, incluindo nomes como Bradesco, Saúde Petrobras, Azul, Ambev, entre outras.
A Accenture é uma gigante, com um portfólio amplo de tecnologias, que vai desde projetos de ERP até segurança da informação. Mas, no que tange ao negócio ServiceNow em particular, talvez ela não seja tão diferente assim da Aoop.
Isso porque a gigante de consultoria entrou no mercado ServiceNow no Brasil para valer em 2020, comprando a Organize, empresa paulista que na época estava entre os maiores parceiros no Brasil da ServiceNow, com 162 funcionários e 50 projetos entregues.
A Organize foi fundada em 2014 por Leandro Torres, um ex-diretor da Service IT, uma das maiores integradoras de tecnologia do país. O executivo liderou o negócio ServiceNow na Accenture até o final de 2021, quando deixou a empresa.
Tanto a Organize como a Aoop apostaram relativamente cedo na ServiceNow, que abriu as portas no Brasil em 2012 e contratou uma country manager em 2015.
No meio tempo, a ServiceNow despontou, trazendo o ex-CEO da SAP, Bill McDermott, para liderar a sua operação, e empilhando ano após ano de crescimento acelerado.
A receita em 2022 ficou em US$ 6,89 bilhões, uma alta de 24% na comparação com o ano anterior. Para 2023, a meta é bater em US$ 8,5 bilhões, uma alta de 23,5%.