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Givanildo Luz, CEO da Saque e Pague.
A Saque e Pague, fintech gaúcha conhecida pela sua rede de caixas automáticos independentes, acaba de lançar uma maneira de transformar o dinheiro no caixa de uma loja em um ATM.
É o Mini ATM, um equipamento parecido com uma maquininha de cartão normal, por meio do qual os clientes de bancos associados à Saque e Pague podem fazer um “saque” direto do caixa de uma loja conveniada.
O modelo de negócio do Mini ATM é o mesmo dos ATMs normais da Saque e Pague: facilitar o processo de “sangria”, como é conhecido no jargão a saída do dinheiro vivo de um estabelecimento.
Esse é um processo normalmente complicado, porque envolve custos com transportes de valores e o risco de ser roubado. Com os produtos da Saque e Pague, o varejista se livra do problema disponibilizando esse dinheiro para ser sacado pelos clientes da fintech.
O varejo realiza a transação e os valores são pagos automaticamente à conta do estabelecimento. A Saque e Pague a, então, a ser responsável por aquela transação.
No caso do Mini ATM, os valores são pré-estabelecidos, indo de R$ 20 a R$ 200, o que torna o fluxo mais previsível. Além disso, a Saque e Pague vai pagar os varejistas para usar o Mini ATM.
Cada transação realizada por meio desse canal será remunerada. Sabemos que é uma dor do varejo encontrar novas maneiras de gerar receita e assim conseguimos contribuir de maneira descomplicada para resolver esse problema”, explica Givanildo Luz, CEO da Saque e Pague.
O potencial é grande. A Saque e Pague quer fechar o ano com 1 mil pontos operando, contra os 1,7 mil caixas tradicionais existentes hoje (eles devem ser 2,1 mil até o final de 2020).
Inicialmente, o plano da Saque e Pague é fechar parcerias com redes maiores para acompanhar o desempenho do produto com uma base menor de varejistas, porém com uma quantidade considerável de pontos. Em 2021, a meta é escalar a solução para todo porte de comércio.
Em um prazo de três anos, a Saque e Pague quer operar 50 mil Mini ATMs, cobrindo todas os 5,570 municípios brasileiros.
A Saque e Pague cresce pela falta de caixas de banco convencionais. Segundo dados do Banco Central 427 cidades brasileiras não possuem nenhuma agência bancária, um número que chega a 2 mil PABs (Pontos de Autoatendimento Bancários) e PAEs (Pontos de Atendimento Eletrônicos). Em 45 cidades com caixas da Saque e Pague, a empresa é o único ATM disponível.
Além dos caixas, seu negócio mais conhecido, a Saque e Pague oferece uma gama crescente de serviços, que deve incluir em breve atendimento personalizado usando a plataforma de inteligência artificial Watson, da IBM.
A Saque e Pague encerrou o ano ado com faturamento de R$ 120 milhões, um crescimento superior a 30%, em comparação com 2018.
Para 2020, a expectativa é que a companhia alcance os R$ 165 milhões de faturamento, o que representaria um aumento de 40% na comparação com 2019.
A Saque e Pague é parte do grupo de empresas do empresário gaúcho Ernesto Corrêa, que bancou a adquirente de cartões GetNet até a venda para o Santander e tem outros negócios no setor financeiro como o Banco Topázio e a GoodCard.
Além do e do grupo Ernesto Correa, a companhia tem também por trás a Stefanini, gigante de TI brasileira com forte presença no segmento financeiro, desde 2015 dona de 40% da empresa.
A Stefanini deve funcionar como uma porta para negócios internacionais, que a Saque e Pague já está costurando no México e Colômbia.