
Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil.
A SAP Brasil acaba de atingir a marca de 31,1% de mulheres em cargos de liderança dentro do país, superando a meta de 30% estabelecida pela matriz para 2022.
No geral, a SAP vem estabelecendo metas paulatinas de incremento de participação feminina no comando.
O primeiro objetivo era 25% de mulheres em posições de gerência até o final de 2017, o que aconteceu com seis meses de antecedência.
Depois, o plano foi efetivar um aumento de um ponto percentual por ano até 2022. Até 2030, a ideia é chegar a uma composição meio a meio.
A SAP Brasil não divulgou qual é o total de cargos de liderança no país, apenas que o quadro total é de 1,2 mil, dos quais 39% são mulheres.
“Temos trabalhado muito para aumentar a inclusão feminina nos nossos quadros em todos os níveis. Acredito muito que uma empresa mais igual é uma empresa melhor, e seguiremos incentivando as mulheres a virem para a SAP e desenvolverem os seus talentos”, disse Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil.
A empresa não está atingindo a meta ocupando cargos menos importantes no nível de diretoria.
De fato, em julho do ano ado a SAP ou a ser comandada por mulheres nas cinco operações nas quais divide a região da América Latina.
No Brasil, Aroulho está no comando desde 2021, quando substituiu Cristina Palmaka, a primeira mulher a assumir o cargo, ainda em 2013 (Palmaka ocupa hoje uma posição em nível latino-americano).
Tudo anda bem quando o assunto é inclusão de mulheres na SAP. Mas um caminho desses não acontece sem percalços e a multinacional teve um bem chamativo.
No final de 2019, a gigante alemã nomeou dois co-CEOs para liderar a empresa, incluindo a Jennifer Morgan, a primeira mulher a comandar, ou co-comandar a SAP.
Na época, muito se falou do fato de Morgan ser a primeira mulher a liderar uma empresa do DAX, o grupo das maiores empresas alemãs com ações abertas na bolsa.
O problema é que seis meses depois, a SAP demitiu Morgan, concentrando o poder no atual CEO, Christian Klein.
A bem da verdade, é preciso dizer, é que a saída se deu no meio da confusão do início da pandemia, e no meio de um período de turbulência sobre os rumos futuros da organização.