ATRATIVIDADE

Santa Catarina: sem ICMS para software o4ht

Estados toma a contramão dos demais no país para se tornar ainda mais atrativo para TI. 4c482g

10 de junho de 2019 - 10:02
Setor de TI já é 5% do PIB de Santa Catarina. Foto: Pixabay.

Setor de TI já é 5% do PIB de Santa Catarina. Foto: Pixabay.

Santa Catarina decidiu tomar a contramão da maioria dos estados brasileiros, ao garantir que não vai cobrar ICMS de software desenvolvido sob medida ou oferecido na nuvem como serviço.

Um projeto de lei de autoria do governo estadual nesse sentido foi aprovado no final de maio. Com a medida, as empresas de TI pagarão somente o Imposto sobre Serviço (ISS), estabelecido em nível municipal.

Assim, empresas de tecnologia instaladas em Santa Catarina não correm o risco de ter que pagar duas vezes impostos pela mesma coisa, o que parece óbvio, mas não é.

O assunto vem sendo discutido desde o final de 2015, quando o Conselho Nacional de Política Fazendária decidiu que os estados poderiam cobrar ICMS, reacendendo um debate que estava enterrado desde os anos 90.

Estados como Minas Gerais e São Paulo, entre outros, aram a fazer a cobrança. O Rio Grande do Sul tentou, mas acabou dando para trás em meio a pressão das entidades de software do estado, mas não de maneira definitiva. 

A alíquota prevista para São Paulo é de 5% e a de Minas Gerais 18%, o que, pelas contas da Assespro, pode representar um aumento de carga tributária de 170% e 300%, devido aos efeitos da bitributação.

A questão é parte de um debate judicial que está parado no Supremo Tribunal Federal.

O que Santa Catarina está fazendo é garantir por lei que não vai cobrar o imposto, o que torna o estado mais atrativo enquanto o tema ainda está indefinido, ou permanentemente, caso o STF decida favoravelmente à cobrança do ICMS.  

Mesmo caso o STF decida contra o ICMS para o setor de TI, Santa Catarina marca pontos agora. Algum empresário pode também considerar que é melhor estar sediado no estado quando o debate sobre o ICMS for reaberto por algum motivo em 10 anos.

Hoje, a participação do setor de tecnologia no PIB catarinense é superior a 5%, com faturamento de aproximadamente R$ 15 bilhões ao ano. A empresa tem um celeiro de startups de destaque no cenário nacional, como a Neoway e a Contazul.

A nova legislação foi escrita com cooperação da Acate, uma entidade de TI catarinense com atuação nacional.

“A lei pode ser um importante indutor na atração de companhias nacionais e globais que estão enfrentando este problema em outros Estados, ao garantir a segurança jurídica para os negócios", destaca Daniel Leipnitz, presidente da Acate.

Leia mais 59b1u

INOVAÇÃO

Criciúma: R$ 250 mil em startups 2h36m

Há 2182 dias
JUSTIÇA

TI tem ação contra ICMS para software m6t3c

Há 2666 dias
CAPITAL

Blumenau tem nova aceleradora 1g275o

Há 2285 dias
WATSON

Busca.Legal tem chatbot fiscal 6u49h

GOVERNO

Paraíba digitaliza receita com Indra e6db

IMPOSTOS

Brasscom barra ICMS sobre software em SP 571e26

VENTURE CAPITAL

SC: aportes superam R$ 400 milhões em quatro anos x2b6n

PREFEITURA

Tubarão abre Hub Saúde 653z5d