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O Embarque +Seguro foi desenvolvido pelo Serpro em parceria com o MInfra. Foto: divulgação.
O Aeroporto de Salvador, istrado pela Vinci Airports, está testando o projeto-piloto do Governo Federal para embarque aéreo com uso de reconhecimento facial desde a última segunda-feira, 14.
Denominada Embarque +Seguro, a tecnologia foi desenvolvida pelo Serpro, empresa de inteligência em TI do governo federal, em parceria com o Ministério da Infraestrutura (MInfra) e está sendo testada com ageiros voluntários da companhia aérea GOL.
O projeto está sendo implementado com o apoio das empresas de TI Rockwell Collins, Gunnebo e Amadeus, que asseguram o e tecnológico e de equipamentos necessários para o embarque dos ageiros.
Na prática, os ageiros estão sendo convidados a experimentar a tecnologia e, no momento do check-in, é feita a validação biométrica, comparando os dados e a foto tirada na hora com a base do governo, e a vinculação ao cartão de embarque.
Para entrar na aeronave, o embarque ocorre por meio de identificação facial por biometria, sem a necessidade de apresentar qualquer documento.
“Acreditamos e incentivamos o uso da tecnologia como forma de melhorar a jornada do ageiro e aumentar a eficiência e segurança dos nossos processos. A chegada dessa solução vem para somar e contribuir para tornar as viagens no Brasil alinhadas com o que de mais moderno se desenvolve na aviação mundial”, afirma Julio Ribas, CEO do Aeroporto de Salvador.
O aeroporto é o primeiro da Região Nordeste e o segundo do país a ser escolhido para testar a nova solução. O primeiro foi o Aeroporto Internacional de Florianópolis, que começou o projeto em outubro.
Na capital catarinense, os testes são com ageiros da Latam e a verificação da identificação biométrica começou a ser feita por checagem junto ao banco de dados da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
Para essa nova fase, no aeroporto baiano, o banco de dados foi ampliado, contando também com a base do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Assim, não só os motoristas, mas também todos os eleitores que fizeram o cadastramento biométrico no TSE, poderão usufruir da validação biométrica para viajar. Ao todo, são 67 milhões de CNHs e 120 milhões de eleitores cadastrados.
Em breve, outros bancos governamentais devem ser utilizados para ampliar o universo de dados que podem ser validados para atender a todos os cidadãos.
“A solução tem por premissa a segurança no tratamento e a proteção dos dados pessoais dos ageiros contra uso indevido ou não autorizado, estando alinhado à Lei Geral de Proteção de Dados”, garante Gileno Gurjão Barreto, presidente do Serpro.
Após a aprovação dos testes, o governo irá implantar a tecnologia nos principais aeroportos do país.
A tecnologia de reconhecimento facial para a identificação do ageiro e embarque automático nos portões eletrônicos já era oferecida no mercado. O que não existia era um sistema nacional unificado que possibilitasse checar e validar a identidade do ageiro.
Com a solução, as autoridades de segurança poderão utilizar inteligência na avaliação de risco antecipada dos viajantes por meio do Sistema Brasileiro de Informações de ageiros (Sisbraip).
Segundo o MInfra, a ideia é que a responsabilidade pela checagem das informações dos ageiros na hora do embarque e a ser das autoridades públicas brasileiras e não mais do funcionário da companhia aérea.
Futuramente, o viajante também poderá ter uma experiência de viagem personalizada, sendo avisado por mensagem pelo aplicativo sobre quanto tempo falta para a saída do voo e, ainda, qual a rota mais rápida para chegar até o portão de embarque, por exemplo.
O Salvador Bahia Airport faz parte da rede Vinci Airports desde janeiro de 2018, através de um contrato de concessão com duração de 30 anos.
Na lista dos dez aeroportos mais movimentados do país, ele conecta o estado da Bahia a mais de 30 destinos domésticos e internacionais. Em 2019, o terminal registrou mais de 7,7 milhões de ageiros.