
Demos uma olhada com lupa nas contratações da SalesForce. Foto: Gil C / Shutterstock.com
A SalesForce contratou meia dúzia (literamente) de ex-executivos da SAP desde o começo do ano, como parte do esforço para estruturar o canal de venda da gigante de CRM no Brasil.
Segundo a reportagem do Baguete pode averiguar os executivos contratados assumiram o cargo de gerente de contas estratégicas sênior, cada um com foco em uma vertical diferente.
O grupo incluí Luis Babolin (que na SAP trabalhava no segmento de aviação, com agem pela IBM), Gabriel Dornella Bastos (grandes indústrias, Oracle e Hyperion Software), Karina Lima (gerente de contas no Rio de Janeiro, ex-IBM), Rodrigo Susaki e Fernando Marinho (grandes indústrias no interior paulista, Ariba e Webb).
No começo do ano, o Baguete já havia revelado a contratação de Alexandre Goerl, ex-executivo da operação Porto Alegre da SAP, para abrir uma presença regional da companhia no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Além de executivos oriundos da SAP, a Salesforce também contratou Filipe Cunha para o cargo de gerente de engenharia de soluções, vindo da ExactTarget.
As contratações do time de vendas foram precedida por nomes com mais experiência para os cargos acima na hierarquia, também vindos da SAP.
Em outubro, foi contratada Renata Rico, ex-diretoria de vendas de soluções cloud via parceiros na SAP para a América Latina, que assumiu o cargo de diretora de Canais para Commercial Business Unit da Salesforce.
Rodrigo Melato, o diretor de vendas, veio um pouco antes, também da SAP, onde era executivo de contas chave.
A movimentação toda começou em fevereiro, quando a SalesForce contratou Renato Morsch, ex-VP de vendas da SAP, para assumir o cargo de posto de vice-presidente de vendas para contas corporativas.
A informação que circulou na época era que Morsch ficaria encarregado de tocar a subsidiária nacional, desempenhando as tarefas de um country manager.
Entre as funções, no entanto, não está conversar com a imprensa. Morsch não deu nenhuma entrevista desde a sua contratação, dentro do que parece ser uma política da empresa de não abrir maiores detalhes dos seus planos no Brasil.
Procurada pela reportagem do Baguete, a SalesForce preferiu não comentar sobre as recentes contratações.
A postura “em boca fechada não entra mosca” deve continuar, ainda mais tendo em conta a espiral de rumores desatada pela decisão da empresa de procurar compradores no final de abril.
Desde então, SAP, Oracle e Microsoft já pularam fora do negócio, avaliado em US$ 50 bilhões.
Quando da abertura do escritório em São Paulo, em 2013, a SalesForce informou ter 1,5 mil clientes no país, número que haveria triplicado desde 2010.
No ano fiscal 2014, a SalesForce contabilizou um crescimento de 32% em sua receita, ultraando a marca dos US$ 5 bilhões e fechando o ano com um faturamento de US$ 5,4 bilhões.