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A Google acaba de disponibilizar no Brasil o recurso “modo ladrão” para smartphones com o sistema operacional Android a partir da versão 10.
Desenvolvida por funcionários brasileiros da big tech, a solução “bloqueio por detecção de roubo” trava a tela automaticamente a partir de movimentos que sugiram furto, como o ato de alguém agarrar o aparelho e sair correndo a pé, de bicicleta ou de carro.
O bloqueio ocorre através de um gatilho chamado “grab and run”, interpretado por meio do uso de inteligência artificial e a partir de dados do acelerômetro e aplicativos abertos no celular.
Essa opção, por padrão, vem desativada nos aparelhos e o usuário tem a opção de ativá-la.
Para ativá-la, é preciso ir em "Configurações" e escolher a aba "Google". Depois disso, o usuário deve clicar em "Todos os serviços", "Segurança do dispositivo", "Proteção contra roubo”.
Também é possível encontrar a opção ao buscar por "Proteção contra roubo" na barra de pesquisa do canto superior direito das "Configurações".
Assim como ocorre em todos os serviços de IA, o usuário ensina o “robô” e bloqueios indesejados podem ocorrer, pois a programação foi feita para ter mais falsos positivos do que negativos.
"Quando a IA bloqueia por engano, a perda é um pequeno incômodo para o usuário, mas, quando não há bloqueio no momento do crime, o usuário pode ter suas contas esvaziadas”, reforça Bruno Diniz, líder para o Android no Brasil, ao site da Folha.
O desbloqueio ocorre através de reconhecimento biométrico ou do uso da senha.
Além do grab and run, o recurso detecta eventos comuns quando um smartphone é furtado, como: remoção do chip, estar em locais não frequentados por um longo período e perda de conectividade.
Através de uma calibração de tempo de desconexão feita pelo sistema da Google, a tela é bloqueada automaticamente para evitar o não autorizado.
Outra opção é o bloqueio remoto através da página “Encontre meu dispositivo”, que a Google já oferecia.
O diferencial é que, agora, não há necessidade de ar a conta com senha. Ela poderá ser ada de qualquer dispositivo, computador ou smartphone digitando o número de telefone a ser bloqueado.
Para evitar que o aparelho seja bloqueado por qualquer pessoa, o usuário terá a opção de adicionar uma palavra-chave.
Segundo a Google, o desenvolvimento do produto foi motivado pelo alto número de roubos que ocorrem no Brasil. O país registrou cerca de 937 mil casos de furto ou roubo de aparelhos em 2023.
Os testes começaram em julho no país que representa o terceiro maior mercado de Android do mundo, com 150 milhões de usuários. No futuro, a ideia da Big Tech é espalhar o recurso para utilização a nível global.