
Mike Krieger, Diretor de Produtos da Anthropic - Foto: Divulgação
A Anthropic, startup americana de inteligência artificial, oficializou na última quinta-feira, dia 1º, a chegada do Claude, sua ferramenta de IA generativa, ao Brasil.
Consumidores e empresas brasileiras já podem ar a ferramenta pela internet, em aplicativos gratuitos para Android e iOS e com APIs para desenvolvedores integrarem com outros serviços.
Após um ano de testes nos Estados Unidos, a Anthropic expandiu sua presença para 175 países e vê o Brasil como uma ótima oportunidade de mercado.
Segundo Mike Krieger, brasileiro que é diretor de produtos da Anthropic e cofundador do Instagram, o Claude apresentava dificuldades com textos em português, mas isso foi resolvido após alguns updates.
"O Brasil pode nos dar uma boa amostra do uso de inteligência artificial na web e no celular", disse Krieger à Folha de São Paulo.
Hoje, o chatbot está disponível com planos que custam a partir de R$ 110 por mês, além de uma versão gratuita que oferece o limitado.
O Claude deve agradar o setor corporativo e pessoas que apreciam textos menos “robóticos". Além disso, a ferramenta tem a habilidade de visão e linguagem com interpretação de gráficos e imagens.
Outro destaque é a eficiência com tarefas que envolvem grande volume de dados, cálculos matemáticos e escrita de códigos de programação.
Ainda de acordo com a publicação, especialistas que testaram o Claude reforçam a qualidade de escrita da ferramenta, que não repete estruturas usuais em textos.
Um estudo realizado pela Universidade de Columbia e a empresa Salesforce comparou o desempenho da IA com o de escritores.
Avaliadores independentes sinalizam também que a plataforma é menos vulnerável a “jailbreaks”, uma tática que faz as IAs desrespeitarem os limites éticos, além de ter uma segurança reforçada, o que dificulta ataques cibernéticos.
A Anthropic foi fundada em 2021 pelos irmãos Daniela e Dario Amodei após um racha na OpenAI, criadora do ChatGPT, por discordâncias sobre práticas de segurança no desenvolvimento de modelos de IA.
No fim de 2022, a empresa fechou uma parceria com a Google, que investiu US$ 400 milhões no negócio.
Segundo o site TechCrunch, a startup pretende arrecadar até US$ 5 bilhões nos próximos dois anos para enfrentar a principal concorrente e tornar-se uma das maiores companhias no setor de inteligência artificial.