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A Rhino, uma espécie de “Uber” de carros blindados criada em janeiro de 2024, atingiu a marca de 150 mil usuários e anunciou um aporte de US$ 3,2 milhões com a participação de investidores nacionais e internacionais.
Segundo revela o Brazil Journal, a empresa, que vem crescendo 40% ao mês, iniciou suas atividades voltada ao público B2C e, recentemente, inaugurou uma frente de negócios B2B.
Sem divulgar o nome do fundo investidor, a startup pretende direcionar o aporte para melhorias no produto, lançamento de novas funcionalidades — como a possibilidade de dar gorjetas aos motoristas — e expansão das áreas de atendimento.
Seu serviço instantâneo está disponível na região metropolitana de São Paulo, com foco em áreas nobres como Jardim Paulista, Vila Olímpia, Moema, Morumbi e a área central — denominadas pela empresa como “zonas prioritárias”.
Fora dessas regiões, como Alphaville, Grande ABC e áreas com cobertura de aeroportos, como Cumbica (Guarulhos), Viracopos (Campinas) e aeroportos voltados à aviação executiva, são cobradas taxas adicionais de saída e retorno do veículo.
Todos os veículos da Rhino são blindados com nível III-A, considerado o mais robusto do mercado. A frota é 100% híbrida e istrada pela própria empresa, que se responsabiliza pela manutenção, abastecimento, carregamento elétrico e limpeza.
A seleção dos motoristas é realizada internamente por meio de entrevistas, avaliações psicológicas e reuniões presenciais com a direção.
Após aprovação, os motoristas am por treinamento para operar o aplicativo, interagir com os clientes, seguir comportamentos de segurança e aderir às normas da empresa.
Em média, uma corrida pela Rhino custa 50% a mais do que num aplicativo normal de transporte. Apesar disso, a startup considera o serviço atrativo para diversos perfis de clientes, indo além do público AAA, e busca atrair novos segmentos.
A estratégia de oferecer R$ 40 de desconto na primeira corrida e focar na retenção de clientes foi um dos pontos que chamou a atenção dos investidores. A Rhino também ampliou sua atuação no B2B, ando a prestar serviços para empresas como a Vivo e a Azul Linhas Aéreas.
A startup foi criada pelos russos Daniil Sergunin, ex-vice-presidente da EuroChem e membro do conselho da Heringer (empresa de fertilizantes), e Alexander Karbankov, ex-líder de produto do Tinkoff, maior banco digital da Rússia.
Sergunin, que mora no Brasil há três anos, foi transferido de uma empresa na Suíça para São Paulo, onde atuava como executivo.
Observando a alta incidência de crimes no trânsito paulistano e a ausência de opções de carros blindados nos aplicativos de transporte, teve a ideia de criar a Rhino.
A empresa começou a operar após uma rodada inicial de US$ 500 mil com investidores-anjo brasileiros e estrangeiros, incluindo Vitaly Bedarev, da britânica Gett.
O aplicativo está disponível para iOS e Android, e a startup planeja expandir seu atendimento para toda a cidade de São Paulo.
Para 2025, a Rhino pretende começar a operar no Rio de Janeiro e em outras cidades brasileiras. Já em 2026, a expansão internacional deve alcançar a Cidade do México, Bogotá e algumas cidades africanas.
A startup não divulgou seu faturamento atual, mas estima atingir R$ 50 milhões em 2025.