
Humberto Barbato, presidente da Abinee. Foto: Divulgação.
A produção do setor eletroeletrônico recuou 11,3% em 2016 na comparação com 2015, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), com base em informações do IBGE.
A retração foi mais expressiva do que a da indústria geral, que caiu 6,6%, e a da indústria de transformação, que teve queda de 6,1%, de acordo com dados do IBGE.
O resultado foi motivado pela queda de 14,8% na indústria eletrônica e de 8,6% na elétrica.
No caso da eletrônica, foram observadas reduções em todos os seus subsetores, destacando os equipamentos de informática e periféricos (-20,3%).
Já na indústria elétrica, aumentou apenas a produção de pilhas, baterias e acumuladores elétricos (+4,2%). Os demais subsetores analisados recuaram com taxas de até 27,2%, como no caso de lâmpadas e outros equipamentos de iluminação.
“Este desempenho da produção está em linha como o faturamento do setor, que teve queda real de 11% no ano ado, atingindo praticamente todos os segmentos da Abinee, confirmando a baixa atividade da indústria”, afirma o presidente executivo da Associação, Humberto Barbato.
No mês de dezembro de 2016, a produção industrial do setor eletroeletrônico deu sinais de recuperação, apresentando crescimento de 7,3% em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal. Este foi o segundo incremento consecutivo após três quedas seguidas.
O resultado foi motivado principalmente pela expansão de 15,2% da produção de bens eletrônicos, uma vez que a indústria elétrica ficou praticamente estável (+0,4%).
Na comparação com dezembro de 2015, a produção do setor eletroeletrônico aumentou em 8,0%.
Esta foi a segunda vez no ano de 2016 que a produção do setor apresentou resultado superior ao igual mês do ano anterior. Este comportamento ocorreu também em agosto de 2016.
“Esperamos que este resultado sinalize uma tendência de recuperação e não seja apenas um crescimento pontual, pois há ainda um longo caminho a ser percorrido para que a indústria eletroeletrônica recupere as perdas dos últimos três anos em seu nível de atividade industrial”, complementa Barbato.