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Edivaldo Rocha, presidente da Claranet no Brasil. Foto: divulgação.
Edivaldo Rocha, diretor-presidente para o Brasil da Claranet, multinacional especializada em serviços gerenciados de TI, foi afastado do cargo e reintegrado por conta de uma decisão judicial em apenas uma semana.
De acordo com o site Valor Econômico, tudo começou com denúncias de assédio sexual. Após investigação, o comitê instaurado pela companhia teria concluído que não houve crime, mas que o executivo violou o código de ética e conduta da empresa.
Os conselheiros independentes teriam relatado que, durante a investigação, surgiram outros indícios e assuntos com potencial quebra do código, que necessitariam de investigação adicional. Entre eles, estariam potenciais casos de assédio moral e desvio de recursos.
Até apurar os fatos, o conselho de istração da empresa decidiu, de forma não unânime, pelo afastamento temporário de Rocha no dia 15 de março. Na ocasião, António Miguel Ferreira, presidente do conselho, assumiu a direção de forma interina.
No dia 22 de março, a Claranet publicou ter recebido a notificação de uma decisão judicial suspendendo todos os efeitos das deliberações do dia 15. Com isso, Rocha foi reintegrado ao cargo de diretor-presidente da companhia.
Uma nova reunião para deliberar a sucessão estava marcada para a última segunda-feira, 1º de abril, mas a sua realização foi consequentemente suspensa.
“A companhia manterá o mercado oportuna e adequadamente informado sobre quaisquer outros desdobramentos relevantes relativos a esse tema, nos termos da legislação aplicável”, limitou-se a Claranet em fato relevante aos acionistas.
A empresa não informou mais detalhes sobre a ação judicial em questão.
Rocha está à frente da Claranet desde 2004 e é acionista minoritário da companhia no Brasil, hoje detendo uma fatia de 12%. A Claranet Group Limited, matriz britânica da marca, detém 88% do capital.
Em 2021, a empresa chegou a entrar com um pedido de IPO na B3, bolsa de valores brasileira, mas desistiu da operação no início de 2022.
No ano ado, Rocha contou ao IT Fórum que planejava uma oferta pública de ações entre abril e outubro de 2024, com a expectativa de arrecadar entre R$ 4,5 bilhões e R$ 8 bilhões.
Os planos de expansão incluíram a contratação de executivos de peso como Rodrigo Guerrero, que assumiu a vice-presidência de vendas da companhia em fevereiro de 2023 após 11 anos na Equinix.
Recentemente, no dia 21 de fevereiro de 2024, Guerrero apresentou uma carta de renúncia ao cargo, que, segundo comunicado da empresa, permanecerá vago por ser de preenchimento facultativo. O executivo ainda não publicou qual será o próximo o de sua carreira.
A Claranet é parceira de marcas como Azure, AWS e Google Cloud. No país, possui clientes como Embraer, Natura, Banco Inter, Bradesco, Samsung, Globo, iFood e Visa.