POLÍTICA

Prefeitura de Porto Alegre: o que pensam os candidatos? 3t1e5u

Três dos principais concorrentes participaram de realizado pelo Seprorgs no Instituto Caldeira. 5e4nq

25 de setembro de 2024 - 17:43
Foto: divulgação.

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O Seprorgs, sindicato de empresas de TI do Rio Grande do Sul, promoveu um com três dos principais candidatos à prefeitura de Porto Alegre no Instituto Caldeira, hub de inovação que acaba de reabrir o seu andar térreo após ser atingido pelas enchentes de maio.

Felipe Camozzato (NOVO), Maria do Rosário (PT) e Sebastião Melo (MDB) participaram do debate. Juliana Brizola (PDT) também havia confirmado presença, mas não compareceu por motivos de saúde.

Os demais candidatos do pleito são Fabiana Sanguiné (PSTU), Carlos Alan (PRTB), Luciano do MLB (UP) e Cesar Pontes (PCO).

“Acreditamos que tecnologia e inovação são prioridades para melhorar a gestão pública e que o próximo prefeito de Porto Alegre perceba a importância e potencialize um ambiente competitivo, com segurança jurídica. Que a cidade em que vivemos se torne um diferencial para os empresários representados por nossa entidade e venham aqui empreender”, destacou Marice Fronchetti, presidente do Seprorgs.

O tema da prevenção de enchentes foi central no debate, já que 45 mil empresas, cerca de 17% do total da cidade, foram impactadas em maio. Inicialmente, todos os candidatos responderam à mesma pergunta sobre o assunto.

Em outros blocos, os concorrentes responderam a perguntas diferentes estabelecidas por sorteio. Os tópicos foram educação, saúde, turismo, Cais Mauá, mobilidade urbana, serviço de água e esgoto e, por fim, foram realizados questionamentos voltados ao setor de Tecnologia da Informação.

A reportagem do Baguete fez uma seleção dos principais pontos abordados pelos participantes em cerca de uma hora e meia de conversa, com destaque para a prevenção de enchentes e as propostas específicas para a TI.

Felipe Camozzato (NOVO)

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Sobre as enchentes, o atual deputado estadual prometeu atualizar o sistema de proteção para as cotas de inundação, com uma margem de segurança colocada pelos engenheiros e especialistas em hidrologia, para uma faixa acima de 100 anos.

O candidato pretende reconstruir os diques afetados, construir os que não foram construídos, refazer o sistema pluvial, ou anti-fluxo, “que é uma das partes mais graves do que diz respeito ao centro da cidade”.

“Nós faremos sim a parte que compete a Porto Alegre, cobraremos sim que o Governo Federal mande os recursos como tem prometido. E eu acho que está acertada a parte do Governo do Estado em ser o gestor das obras para toda a bacia. Nós assumiremos a responsabilidade, atualizaremos o projeto com as informações corretas e faremos que Porto Alegre nunca volte a alagar, inclusive aqui, a drenagem do Quarto Distrito e do Caldeira”, prometeu Camozzato.

Na parte específica sobre TI, o candidato do NOVO destacou que a parceria entre o legislativo e o executivo é fundamental para fazer as coisas acontecerem.

“Existe uma diferença entre o discurso e a prática. Entre quem conhece inovação e tecnologia e quem não conhece. Na inovação tecnológica, nós temos a convicção de que é preciso saber fazer e saber conectar todas as partes. O governo é um articulador, é um abridor de portas, é um facilitador desse processo”, afirmou Camozzato. 

O candidato salientou que o poder público precisa ser um parceiro apoiando processos de licenciamento, reconhecendo e dando validade à tecnologia para dar segurança jurídica para os investimentos. Camozzato também citou a demora do processo de patente e registro de inovações no Brasil.

Maria do Rosário (PT)

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Em relação às enchentes, a atual deputada federal afirmou ser amplamente favorável ao batimento que foi aprovado tecnicamente para ser feito no Guaíba para verificar os bancos de areia e não fazer uma dragagem sem critérios.

Para a candidata, é preciso articular o diálogo entre as três esferas de governo, sociedade, inteligência instalada, conselhos e empresas.

“Nós vamos ter novos eventos e a prevenção disso exige maior competência, inclusive em tecnologia social, planos de inteligência, organização e obras. O que eu proponho à cidade é instalar tecnologia e inteligência para fazer frente ao desafio da época”, destacou Rosário.

Sobre TI, a candidata do PT ressaltou a importância de polos como Tecnopuc, Tecnosinos e UFRGS e salientou a transformação das escolas.

“As nossas universidades e polos de formação são de excelência em nível médio, pós-médio e superior. E nós temos que ser mais ousados, criativos e competentes em estabelecer um vínculo entre aquilo que nós fazemos muito bem e a escola de educação básica, que vive uma grave crise. Nós precisamos investir em ciência, inovação, criatividade e cultura”, afirmou Rosário.

Para a deputada, é essencial investir em pessoas que tenham protagonismo e liderança e que sejam criativas.

Questionada sobre a reforma tributária, Rosário se comprometeu a não aumentar tributos na cidade justamente por conta do momento de reconstrução.

“Nós reconhecemos o trabalho das empresas para a reconstrução. O que eu quero é termos recursos para poder fazer a cidade se desenvolver melhor, com uma melhor gestão, crescendo economicamente”, afirmou Rosário.

Para a candidata, o crescimento econômico pode adensar a economia da cidade em uma perspectiva planejada, mas isso vem junto com o crédito e com a segurança para investir.

“Do ponto de vista tributário, não apenas do ISS, mas também do conjunto dos recursos do IPTU e das demais áreas, nós vamos trabalhar com aquilo que está previsto. Então eu sustento a importância de realmente instituir uma capacidade de atração de empresas mantendo a alíquota como se encontra”, prometeu Rosário.

A candidata também citou a articulação da dimensão de TI com a dimensão de saúde, bem como a potencialização de relações internacionais, inclusive no âmbito do Mercosul.

Sebastião Melo (MDB)

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O atual prefeito de Porto Alegre, que concorre à reeleição, afirmou que já existe um plano de reconstrução da cidade que começou com R$ 500 milhões próprios. Para o candidato, não existe saída para a proteção das cheias sem uma operação com governo local, estadual e federal e a sociedade.

Segundo o prefeito, as obras nos dois diques do bairro Sarandi já começaram e a empresa para fechar as comportas já foi escolhida. Além disso, foi feito um laudo para o reparo do muro da Avenida Mauá e um segundo laudo está encaminhado pela UFRGS.

“Isso comporta meio bilhão de reais, mas o valor é insuficiente. O projeto futurístico que nós contratamos à parte vai refazer um sistema a partir das chuvas de maio e esse estudo vai dizer qual é a altura dos níveis e outros encaminhamentos. Também está contratado nesse programa um sistema de proteção de cheias que começa no Cristal e vai até o Lami, que são 35 quilometros”, destacou Melo.

Sobre tecnologia, o atual prefeito também salientou a importância dos polos tecnológicos, startups e universidades.

“Para a cidade ser inovadora, ela tem que ter acúmulos e a nossa cidade tem muitos. Ela precisa ter talentos e essa cidade tem muitos. E o tema da inovação precisa estar na agenda política dos governos, começando pelo governo local, governo do estado e também governo da união”, afirmou Melo. 

Para o candidato do MDB, a vinda do South Summit é um exemplo claro disso, sendo uma plataforma que só chegou à cidade porque vê o Brasil como um grande caminho de inovação e o Rio Grande do Sul como um pólo inovador extraordinário.

“O evento acontece nesses quatro ou cinco dias, mas o importante é o que vem antes e depois, porque é uma feira de negócios. De 200 startups, nasce uma Pelé. E quando nasce o Pelé, tem que ter aceleração, e esses fundos bilionários enxergam essa gurizada e vão lá e botam dinheiro. Então, para a cidade, o South Summit deu um salto enorme de negócios, de atração de investimentos”, ressaltou Melo. 

O prefeito ainda salientou o Pacto Alegre como uma parceria que deu muito certo no processo de governança entre poder público e parceiros. “Se eu for reeleito, vou continuar fazendo o que nós estamos fazendo junto com o governo do estado, a sociedade e os parceiros”, prometeu Melo.

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