
Eike Batista, no seu período de glória. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.
Você alguma vez já se perguntou o que estaria fazendo Eike Batista, ex-bilionário brasileiro, fundador do império X, atualmente em prisão domiciliar? Uma matéria da Bloomberg traz a resposta: investindo em startups, com o plano de criar não só um, mas 15 unicórnios.
Segundo relata o site, dois repórteres da revista encontraram Batista na rua por acaso no Rio de Janeiro, e insistiram com perguntas até serem convidados para almoçar pelo empresário.
De acordo com Batista, ele está criando 15 “unicórnios” na “sua garagem”. O empresário está familiarizado com o jargão “startupeiro”, mas não deu muitas pistas concretas de quais exatamente são esses negócios.
Um deles envolveria a produção de milhões de toneladas de fosfato de cálcio para sequestrar emissões de carbono das usinas de energia e motores de automóveis, algo que estaria mais ou menos na área de expertise de Batista.
Outro parece um pouco menos sólido: um creme dental que promete regenerar o esmalte dos dentes.
Claro que algum mais debochado poderia lembrar que parte da lenda criada em torno de Eike girava em torno da sua peruca caríssima, o que, no final das contas, é um assunto correlato.
O plano de lidar com startups pode ter que ver com a situação legal de Batista, que está proibido pela CVM de istrar empresas de capital aberto por sete anos.
Os repórteres da Bloomberg estiveram com Batista no seu novo escritório, mais modesto do que ele ocupou no auge, mas ainda assim com vistas para o Pão de Açúcar.
O empresário, que uma época foi apontado como o rosto do novo capitalismo brasileiro, para depois perder US$ 35 bilhões em um único ano, diz não se incomodar com o ado.
"A dificuldade é que as pessoas entendam que minha relação com o dinheiro é muito diferente. Não me importei de quebrar meu império", disse Batista.