
Gustavo Baumgarten e José Rizzo.
A Pollux acaba de lançar uma unidade de negócios focada em sistemas de visão, como é conhecida a tecnologia que leva câmeras para desempenhar atividades como controle de qualidade em linhas de montagem, entre outras coisas.
A empresa de automação industrial sediada em ville já trabalha com tecnologias da Cognex, uma das maiores multinacionais do ramo, há cerca de 20 anos, mas decidiu reforçar seu posicionamento, trazendo um executivo de fora para comandar a unidade.
A Pollux Vision será liderada por Gustavo Baumgarten, um dos fundadores da MIPS Sistemas, uma startup de ville que criou um software de visão com aplicações na área de engenharia, e, posteriormente, no segmento de laboratórios médicos.
A MIPS foi associada de primeira hora da Associação Brasileira da Internet Industrial (ABII), entidade baseada em ville da qual a Pollux foi uma das fundadoras, em 2017.
A criação da entidade foi inspirada no consórcio internacional (Consórcio de Internet Industrial - IIC) criado em 2014 nos Estados Unidos pela AT&T, IBM, GE e Intel, no qual a Pollux é uma das duas representantes brasileiras.
“A Pollux é uma empresa que trabalha com tecnologia de ponta e enxerga muitas possibilidades na Indústria 4.0”, afirma Baumgarten.
Apesar de estarem no mercado há bastante tempo, os sistemas de visão estão ando por um renascimento, embalados pelos mesmos fatores que estão levando a adoção de outras tecnologias na área de manufatura, como barateamento de sensores e capacidade de processamento.
A Pollux Vision já desenvolve estudos inéditos de visão artificial com machine learning e apoio de redes neurais. Na prática, um algoritmo inteligente avalia imagens reais para ‘aprender’ a classificar produtos bons e ruins.
A própria Cognex, fundada em 1981, exibe números invejáveis de crescimento, tendo fechado o ano ado com uma alta de 44% no faturamento, chegando a US$ 747 milhões.
“A tecnologia de visão se consolidou nos últimos anos e é uma ferramenta fundamental para um futuro próximo, marcado pelos conceitos da Indústria 4.0”, diz José Rizzo, CEO da Pollux.
A Pollux vem diversificando sua atuação e trazendo executivos de fora para liderar essas novas frentes.
No começo do ano ado, foi criada uma unidade de negócios focada em projetos de internet industrial.
O termo internet industrial diz respeito a um novo tipo de manufatura com um uso pesado de sensores dentro da chamada Internet das Coisas, mas também produção automatizada e análise de grandes volumes de dados na nuvem.
A nova unidade é comandada por Ricardo Gonçalves, ex-CEO da Neogrid North America, junto com Cédric Craze, um dos sócios da Pollux.
Gonçalves fez carreira na Neogrid, onde entrou em 2000 e assumiu os negócios na América do Norte a partir de Chicago em novembro de 2015.
Já Craze foi CTO da Pollux da fundação, em 1998, até o final de 2008, quando saiu da empresa para assumir as vendas da multinacional de sistemas de visão Cognex no Brasil, onde ficou até 2013, quando voltou para a Pollux.
A Pollux é sediada no condomínio empresarial Perini Business Park, no Distrito Industrial de ville. A empresa também tem uma linha de negócios focada em robótica.
Em 2015, a empresa estabeleceu a meta de dobrar o faturamento de R$ 50 milhões nos três anos seguintes.