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86% da população continua favorável ao isolamento social. Foto: Maria Ana Krack/PMPA.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma pesquisa na qual 40% dos brasileiros tiveram perdas na renda desde o início da pandemia.
Segundo Agência Brasil, 23% dos entrevistados perderam totalmente os ganhos e 17% tiveram redução no valor mensal de renda.
O levantamento, realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, contou com 2.005 entrevistados com idade superior a 16 anos, de todas as unidades da federativas, entre os dias dois e quatro de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Ainda de acordo com o estudo, 77% dos trabalhadores têm medo de perder o emprego. Para 48% das pessoas esse temor é grande, para 19% é médio e para 10%, pequeno.
De modo geral, nove em cada dez entrevistados consideram grandes os impactos da pandemia de coronavírus na economia brasileira.
Apesar das possíveis perdas econômicas, 86% da população continua favorável ao isolamento social.
A pesquisa também mostra que cerca de três em cada quatro brasileiros reduziram o consumo de pelo menos um dos 15 produtos testados.
Apenas 23% dos entrevistados não reduziram em nada suas compras na comparação com o hábito anterior ao período da pandemia.
O consumo também deve ser impactado no futuro, uma vez que a maioria dos brasileiros afirmou que planeja manter no período pós-pandemia o nível de consumo adotado durante o isolamento.
Apenas 1% dos entrevistados respondeu que vai aumentar o consumo de todos os 15 itens testados pela pesquisa após a quarentena
Quase todos (93%) mudaram sua rotina durante o período de isolamento e, no cenário pós-pandemia, três em cada dez brasileiros falam em voltar a uma rotina igual à que tinham antes.
Em relação ao retorno para o trabalho depois de terminado o isolamento social, 43% afirmaram que se sentem seguros, enquanto 39% se dizem mais ou menos seguros e 18%, inseguros.
Outro dado revelado pela pesquisa e considerado preocupante pela CNI é o endividamento, que atinge 53% da população. O percentual é a soma dos 38% que já estavam endividados antes da pandemia e os 15% que contraíram dívidas nos últimos 40 dias.
Entre aqueles que têm dívidas, 40% afirmam que já estão com o pagamento de alguma das parcelas atraso. A maioria deles (57%) ou a atrasar suas parcelas após o início do isolamento social.