
Lançamento da PagSeguro na NYSE.
O PagSeguro vai fazer uma nova oferta de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, com o objetivo de captar US$ 1,1 bilhão.
A oferta é uma das poucas de empresas da América Latina nos últimos meses e segue uma já bem sucedida abertura de capital em janeiro, quando a companhia levantou US$ 2,26 bilhões.
Um terço das ações oferecidas serão papéis novos e dois terços de ações detidas pelo controlador UOL.
Desde o lançamento, as ações do PagSeguro na Nyse aram de US$ 21,50 para US$ 32,10, o que sinaliza o interesse dos investidores.
Por outro lado, o mercado não recebeu bem o anúncio, com os papéis caindo 13%, segundo relata o Brazil Journal.
"A venda por parte dos controladores cinco meses após o IPO e uma nova oferta primária para reforçar o caixa aumentaram os temores de que a competição pode estar mais acirrada do que o esperado e colocaram em xeque as vantagens competitivas da companhia", analisa a publicação.
A PagSeguro quer levantar cerca de R$ 1,4 bilhão na oferta primária, apesar de ainda ter R$ 2,5 bilhões no caixa, o que está sendo interpretado como um sinal de que a companhia está se preparando para uma guerra de preços.
O Pagseguro divulgou um lucro líquido de R$ 148,5 milhões no primeiro trimestre, alta de 144,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, já que a receita mais que dobrou para R$ 928 milhões.
O Pagseguro planejava usar os recursos da oferta primária para investir em novas tecnologias para dar e à sua rede de pagamentos digitais.
O UOL reduziria sua fatia para 52,2% sobre o negócio, embora deva continuar a ter 91,6% das ações com direito a voto.
O PagSeguro foi lançado em 2006 pelo UOL e hoje é o braço mais rentável do grupo de comunicação.
A empresa atua tanto com pagamentos digitais como físicos, por meio da máquina sem aluguel Moderninha.
Em dezembro de 2017, a empresa compra de 50,5% do controle da startup de empréstimos Biva, focada em micro e pequenos empresários, tendo a maior parte de suas operações voltada para a antecipação de recebíveis.