
A Gerdau vem enxugando cargos e fechando posições na área de TI nos últimos meses. Foto: Divulgação.
Orlando Andreotti não é mais CIO-CDO da Gerdau no Brasil.
A informação é de fontes de mercado e foi confirmada pela empresa por meio da sua assessoria de imprensa ao Baguete.
O executivo havia sido promovido em janeiro para a posição, vindo do posto de gerente geral de TI.
Andreotti entrou na Gerdau em 2005 como gerente de TI e estava na empresa desde então, com uma agem de 1 ano pela Vale entre 2010 e 2011.
O executivo tinha ainda agens pelas gerências sênior do Grupo ASSA e da Andersen Consulting.
A Gerdau vem enxugando cargos e fechando posições na área de TI nos últimos meses, tanto na alta gestão como nos quadros médios.
Há poucos dias, o Baguete noticiou o fechamento da área de Inovação e Gestão, baseada na sede da empresa, em Porto Alegre.
Com a movimentação, saiu da empresa Leonardo Comparsi de Oliveira, líder do setor de Inovação e Gestão.
Além de Comparsi, também deixou a empresa Juan Pedro Normey Almeida, líder da área de Engenharia, que atuava como gerente de projetos para TI e Engenharia.
Em dezembro do ano ado, foi a vez de sair José Antônio Leal, gerente geral de TI da Gerdau no Brasil.
Leal era outro executivo de carreira da Gerdau, empresa na qual começou ainda em 1986, como desenvolvedor de aplicações.
Desde o final de 2014, em resposta a crise econômica, a Gerdau vem cortando pessoal nas áreas de tecnologia.
Segundo a reportagem do Baguete pode averiguar, foram três ondas de cortes, sendo a última em maio desse ano, totalizando 140 profissionais.
Procurada, a Gerdau confirmou a existência de cortes em cada uma das ocasiões, mas sem nunca revelar números totais ou o tamanho anterior do time, que, pelas averiguações do Baguete, girava em torno de 200 pessoas.
Segundo o Baguete pode verificar, os cortes se concentraram em perfis técnicos, principalmente analistas com muitos anos de casa e salários acima da média de mercado.
Na opinião de fontes ouvidas pelo Baguete, a nova onda de cortes sinaliza que a companhia não deve fazer grandes investimentos em TI no curto prazo.
O projeto Template de expansão do sistema de gestão da SAP, uma das maiores iniciativas já levadas a cabo na siderúrgica, foi concluído. A Stefanini tem o contrato de manutenção do sistema.
A nova fase da TI da companhia é ressaltada pela decisão, em março, de unir as diretorias de Suprimentos e TI sob o comando de Cláudia Piunti, diretora de Suprimentos da Gerdau.
Segundo a reportagem pode averiguar, Cláudia tem a reputação de ser uma negociadora dura, o que pode ser uma característica valiosa num momento em que a prioridade na Gerdau parece ser cortar custos.
A Gerdau está em um momento complicado, em meio à queda na demanda de aço causada pela desaceleração econômica do país. A empresa teve prejuízo operacional de R$ 2,99 bilhões no último trimestre de 2015.