
Orbitall: Stefanini de olho no mercado de crédito. Foto: Flickr.com/68751915@N05
A Orbitall, processadora de cartões adquirida pela Stefanini, anunciou nesta quarta-feira, 15, que nos próximos três anos irá investir em um novo data center e abertura de duas novas unidades de negócio.
Em comunicado à imprensa, a companhia não revela o valor dos investimentos, mas informa que serão destinados também à atualização tecnológica, que deve ar pela aquisição de uma central telefônica.
A reforma do prédio que abriga a sede da Orbitall, em São Paulo, também está no plano.
Das duas novas divisões de negócio, uma irá oferecer soluções para a área financeira, indo além dos bancos, já no escopo da companhia. Agora, o leque abrange também seguradoras, planos de saúde, governo e outros.
A outra unidade terá foco em serviços que, na definição da empresa, “permeiam o processamento de cartões”, como negociação, gestão de empresas terceirizadas que estiverem no processo, cobrança, tratamento e prevenção de fraudes, até a parte de back office para solução de problemas de clientes.
A COMPRADORA
A compra da Orbitall pela Stefanini foi noticiada pelo portal baguete-br.diariomineiro.net em dezembro do ano ado.
A processadora de cartões, que antes era controlada pelo Itaú Unibanco, teve receita líquida de R$ 529,7 milhões com vendas em 2009, segundo dados da Bloomberg.
Além disso, em seu site a empresa afirma ter mais de 30 milhões de cartões emitidos.
CARRINHO CHEIO
Até a divulgação da compra da Orbitall, a Stefanini havia investido cerca de US$ 100 milhões na aquisição de duas empresas nos Estados Unidos, a TechTeam Global e a CXI; e de uma na Colômbia, a Informática & Tecnologia.
Em seu site, a companhia informava também que reservava mais R$ 120 milhões para aquisições até 2013.
Deste total, 60% seriam destinados a compras fora do Brasil.
Presente em 28 países, a Stefanini estima receita na casa de R$ 1,25 bilhão para este ano.
EM CHAMAS
Com o fim dos contratos de exclusividade de Cielo e Redecart com a Visa e Mastecard, em 2009, o mercado de processamento de cartões no Brasil entrou em ebulição.
Uma das primeiras movimentações foi a parceria entre o Santander e a gaúcha GetNet, em 2010.
Por hora, os parceiros detém cerca de 1,5% do mercado, mas o banco espanhol já divulgou metas de quintuplicar a participação.
Em fevereiro deste ano, a Elavon, segunda maior credenciadora de cartões norte-americana, com mais de US$ 270 bilhões em transações anuais, iniciou em fase de testes no país, com meta de abocanhar 15% do mercado nacional até 2015.
Até o momento, a empresa já fechou por meio do Citibank com oito grandes clientes – entre eles a Walmart – 20 médias e 500 de pequeno porte.