SAAS

Nuvini compra Mercos 4x5f22

É a sexta compra da holding de empresas de software as a service em seis meses. 6v2q4f

16 de agosto de 2021 - 05:30
Rafael Trapp (Diretor de Operações); Tiago Brandes (CEO), Celso Tonelli (Diretor de Produto e Engenharia). Foto:  Leonardo Waltrick.

Rafael Trapp (Diretor de Operações); Tiago Brandes (CEO), Celso Tonelli (Diretor de Produto e Engenharia). Foto: Leonardo Waltrick.

A Nuvini, holding de empresas no modelo software as a service (SaaS), fechou a compra da Mercos, uma companhia catarinense que oferece automação de força de vendas e e-commerce B2B para indústrias, distribuidoras e representantes comerciais.

Não foi revelado o valor da compra, a sexta da Nuvini em seis meses. 

“Observamos no mercado uma intensa atividade de fusões  e aquisições e vimos que era o momento certo para buscar a venda e trazer retorno para nossos acionistas e investidores”, afirma o CEO da Mercos, Tiago Brandes. 

Sediada em ville, a Mercos conta com 99 colaboradores, 6,5 mil clientes e 30 mil usuários e mais de R$ 40 bilhões movimentados anualmente em seu sistema. 

A empresa teve sua dose de altos e baixos recentemente. Em abril de 2020, no começo da pandemia, a empresa cortou 40% da sua equipe, demitindo 51 profissionais, e deixando o time total em 74.

Em termos de faturamento anual, a Mercos fechou 2020 com R$ 20 milhões, uma alta de 11% frente aos resultados de 2019. 

Foi menos do que os 40% que a empresa registrou entre 2018 e 2019 e bastante abaixo da meta de R$ 25,2 milhões estabelecida antes da pandemia, mas tendo em vista todas as circunstâncias, um bom resultado.

Para 2021, a Mercos projeta voltar ao ritmo de crescimento anterior à pandemia, fechando o ano com R$ 27 milhões, o que representaria uma alta de 35%.

A Mercos recebeu um investimento dos fundos Qualcomm Ventures e Monashees Capital em 2015 e foi uma das seis empresas brasileiras selecionadas pelo Google para participar do programa de aceleração Google Launchpad, no Vale do Silício em 2017. 

Além da Mercos, a Nuvini comprou recentemente a Onclick, uma empresa de soluções de gestão empresarial; Dataminer, uma empresa atuante na área de big data; a Leadlovers, que tem uma ferramenta de automação de marketing digital; a Effecti, uma solução de e-procurement focada em compras públicas; e a Ipê Digital, dona de uma solução de gestão on-line para óticas.

A Nuvini caminha para faturar R$ 330 milhões neste ano com as aquisições.

O alvo da Nuvini são companhias nos segmentos de marketing, ferramentas de finanças e produtividade, com faturamento entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões, que sejam rentáveis, com produtos já testados e que crescem de 20% a 25% ao ano.

Até 2025, a meta é realizar 85 aquisições, atingindo R$ 4 bilhões em faturamento e R$ 1 bilhão em Ebitda. 

A Nuvini conta com nomes como Carlos Araújo, ex-Pátria Investimentos, que atua como COO, Ronald Domingues, ex-Rede e Multiplus, que é o CFO da holding, e Carolina Carioba, ex-Google e WeWork, na área de recursos humanos. Roberto Medeiros, ex-CEO da Multiplus, e Paula Paschoal, atual diretora do PayPal no Brasil, são conselheiros.

O modelo de negócio é criar uma holding que centralize backoffice, da governança e de outras atividades operacionais, deixando as empresas cuidarem de produtos, marketing, pessoas e tecnologia.

É assim que funciona a canadense Constellation Software, que já concluiu mais de 400 aquisições de pequenas, médias e grandes empresas de software em mais de 80 mercados verticais desde 1995. A empresa vale US$ 40 bilhões na bolsa de valores canadense.

Pierre Schurmann, fundador da Nuvini, tem credenciais fortes. Ele foi um dos empresários que inauguraram o mercado de internet no Brasil. 

Empreendedor serial, já fundou sete empresas, das quais três são líderes de mercado. Em 1997, foi co-fundador do Zeek!, site de busca adquirido um ano após seu lançamento pela StarMedia, empresa em que assumiu a diretoria de novos negócios. 

Em seguida, foi cofundador e vice-presidente da Ideia.com, fundador e CEO da Conectis Experience Marketing, do Experience Club e da Bossa Nova Investimentos.

Se o sobrenome parece conhecido, é porque é mesmo. Schurmann é o filho mais velho de Vilfredo e Heloísa, da família brasileira de navegadores que ficou famosa por suas aventuras no mar.

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