
Ficou salgado o preço. Foto: Depositphotos.
A IBM vai fazer um reajuste de preços que tornará o Brasil o lugar mais caro do mundo para usar infraestrutura de nuvem da multinacional americana.
Os novos preços am a valer em 1 de janeiro de 2024. O comunicado da IBM sobre o tema está disponível no GitHub.
Uma tabela disponível no post mostra o chamado “uplift”, como a IBM chama internamente o custo adicional para usar infraestrutura baseada fora dos Estados Unidos, país que serve como referência.
No caso de São Paulo (ou São Paolo), essa diferença já é de 20%, a mesma de cidades como a indiana Chennai ou a australiana Sydney.
A partir de janeiro, a diferença ficará em 29% (um aumento de 45%), o que tornará São Paulo de longe o lugar mais caro do mundo (Chennai e Sidney não terão reajustes).
A tabela é para preços de infraestrutura como serviço, o que inclui servidores bare metal, máquinas virtuais e storage, além de infraestrutura de rede.
A IBM não está sozinha no reajuste. Segundo o site The , a AWS vem subindo os preços continuamente, assim como outras empresas baseadas em infra na nuvem, como a Salesforce.
No geral, a política de preços das gigantes de tecnologia já é opaca. Quando se trata de aumento de valores então, a transparência some de vez. Nesse sentido, o verdadeiramente excepcional no caso da IBM é a clareza dos indicadores.
O motivo dos aumentos é a explosão dos custos de energia, uma das consequências da guerra na Ucrânia, além do aumento das taxas de juro e da inflação (dois indicadores cujo impacto no Brasil é especialmente forte no momento).
Também deve ter uma influência o fato de muitas empresas terem feito investimentos significativos para migrar suas infraestruturas para uma nuvem X, da qual não é tão fácil assim migrar tudo para a nuvem Y.