
Com expectativa de crescer 50%, a Nous Software está ampliando seu segmento de atuação: a villense acaba de colocar no mercado uma funcionalidade para sua plataforma social de negócios, com foco em inovação.
“Estávamos muito focados em gestão do conhecimento e agora podemos falar mais forte em inovação. No Brasil, cerca de 800 companhias se beneficiam da Lei do Bem, e este é o nosso target”, declara Sérgio Cochela, CEO da Nous.
Com faturamento de R$ 500 mil em 2009, e meta de alcançar os R$ 750 mil em 2010, a Nous destinou cerca de R$ 300 mil no desenvolvimento da solução e espera o retorno do investimento dentro de um ano.
“É um processo de reinvenção. Antes a Nous era uma companhia de serviço que gerava conteúdo e agora é uma empresa de software tendo que recriar marca e buscar novos clientes. Então temos que substituir uma receita por outra”, analisa o CEO.
Denominada Funil de Negócios, a ferramenta é baseada no modelo stage-gate, técnica na qual um produto, sistema ou processo a por estágios denominados “Gates”, ou pontos de visão. A cada estágio, a continuidade do desenvolvimento a pela avaliação de um grupo que compartilha a discussão.
A funcionalidade pode ser comercializada por subscrição ou licença de uso, sendo que o custo varia conforme o usuário.
“Nosso objetivo é atuar em empresas que tenham a inovação em sua estratégia corporativa e que compreendem que inovação é sinônimo de vantagem competitiva, disciplina obrigatória para se manter conectado às necessidades dos clientes e crescer de forma sustentável”, descreve Cochela.
Atualmente a maioria dos clientes da Nous está concentrada na região sul, a exemplo das catarinenses Sustentare e Revista Premiere e da gaúcha Grendene, que utiliza o sistema da villense em sua área de P&D.
Ferramenta promete inovação a menor custo
O grande benefício do Funil, de acordo com a Nous, é a estruturação do processo de inovação, fazendo com que as ideias sigam uma sequência lógica entre seus responsáveis, visto que estas definem a continuidade ou não de cada projeto entre seus aprovadores.
“O objetivo é inovar a um menor custo, mais rápido e de forma mais organizada. Afinal, inovação é disciplina”, enfatiza o CEO.
A funcionalidade está dentro da plataforma social de negócios desenvolvida pela empresa, que é dividida em comunidades e pode ser tão aberta ou fechada à colaboração quanto a companhia quiser.
Cada comunidade pode ter seu próprio modelo de inovação, o que permite a existência de diferentes modelos em diferentes comunidades. Por exemplo, um para a comunidade de inovação radical, outro para a comunidade de inovação incremental, e assim por diante.
A partir daí, os modelos permitem a criação de funis de inovação por onde idéias percorrem estágios de um processo de inovação. Para avançar de um estágio para outro, o produto a por perguntas eliminatórias.
O Funil de inovação é considerado uma métrica de sustentabilidade empresarial por permitir a gestão completa do fluxo de informações que resultam em inovação e a obtenção de indicadores do processo, tais como valor, taxa de sucesso, time to market médio, número de idéia geradas e ou implantadas por unidade de tempo.
“O funil permite a economia de tempo, redução de riscos e o aumento de produtividade no aproveitamento de ideias. Se um projeto não traz contribuição significativa para o negócio, o quanto antes for descartado, melhor”, conclui Cochela.