
Pamela Ramli.
A ThoughtWorks Brasil acaba de anunciar um rearranjo dos profissionais responsáveis pela lideranças dos escritórios de Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife, com o resultado de que mulheres agora são a maioria no equivalente à gerência média da empresa, com três das cinco gerências gerais.
Desde 2015, o comando da empresa no país já era dividido por duas profissionais, Caroline Cintra e Gabriela Guerra.
Em Porto Alegre, onde fica o principal escritório no país da multinacional americana de desenvolvimento de software, Pamela Ramli a a dividir o comando com Matheus Tait, desde 2015 na posição.
Pamela entrou na ThoughtWorks como analista de recursos humanos em 2013, vinda de uma posição na área de RH em uma empresa do setor de plásticos. Em 2016, assumiu como gerente geral em Belo Horizonte.
Com a saída de Pamela, quem assume o escritório na capital mineira é Lisiane Rocha. A nova gerente geral mineira tem um background de TI, sendo formada em Sistemas de Informação e entrado na empresa em 2014 como analista de negócios, vinda da Localiza, onde era analista de sistemas.
Em Recife, Roberta Albuquerque assume o cargo de gerente geral, sendo a primeira mulher a liderar o escritório. Formada em Psicologia, Roberta atua na ThoughtWorks Brasil desde 2015, quando veio da Ogilvy & Mather, onde era era responsável pelo RH da unidade de mídia digital em Recife.
Em São Paulo, Gregório Melo continua à frente do escritório.
Criada em 1993, a ThoughtWorks tem entre seus principais executivos Martin Fowler, um dos 17 signatários originais do Manifesto for Agile Software Development.
A empresa é uma referência em métodos ágeis de desenvolvimento de software, com 4,5 mil pessoas espalhadas por 42 escritórios em 15 países.
A ThoughtWorks chegou ao Brasil em 2010, abrindo uma operação no Tecnopuc, parque tecnológico da PUC-RS em Porto Alegre. Depois foram agregados São Paulo, Recife e Belo Horizonte.
O novo organograma da ThoughtWorks é resultado de um esforço deliberado em atrair profissionais com um perfil diverso, estimular seu progresso dentro da empresa e a permanência deles a longo prazo.
Um dos focos especiais de atenção são as mulheres, notoriamente ausentes na maioria das empresas de TI.
A ThoughtWorks Brasil tem 513 funcionários, dos quais 40% são mulheres. Na área de desenvolvimento, tradicionalmente um feudo masculino, são 162 desenvolvedoras (36% do total).
Esse número é muito acima da média de mercado, que gira em torno de 10% e representa o dobro do que a empresa tinha em 2013.
Parte da estratégia para atingir esses níveis de presença feminina no time é incrementar o número de lideranças mulheres que possam servir como referência e coach para as demais.
"Um dos meus grandes desafios é engajar as pessoas na evolução de um ambiente mais justo e inclusivo, liderar com transparência e inspirar todas que estão ao meu redor", diz Lisiane.
A média geral de retenção na empresa ano/ano é de 77%. Entre as mulheres, ela chega a 89%.
Uma das maneiras de fazer isso é através de comandos divididos, com com um profissional de background técnico e outro de outras áreas.
Na liderança por exemplo, Caroline Cintra tem um background de TI, sendo formada em Ciência da Computação e tendo agens por Oracle, DBServer e HP antes de entrar na ThoughtWorks em 2011.
Gabriela Guerra, por outro lado, foi operadora da bolsa de valores na XP Investimentos, trabalhou com recursos humanos na Dell, marketing digital na Winehouse e gestão de projetos na Perestroika, sendo contratada pela ThoughtWorks em 2013.