
Mariano de Beer. Foto: a SP.
A Microsoft está trazendo sua nuvem para o Brasil. A companhia anunciou nesta quarta-feira, 04, a criação da nova região Brasil para o Windows Azure, com infraestrutura localizada no país.
A expansão faz parte de um investimento de US$ 1 bilhão da gigante da computação, que está adicionando novos países à lista de 89 que já são atendidos pela solução.
O país já contava com a solução desde 2010. Entre os clientes nacionais que já usavam o Azure antes divulgados pela Microsoft estão a Boa Vista Serviços e FBITS.
No Brasil, a operação será sustentada por uma estrutura de data center que ficará em São Paulo e centralizará a oferta da plataforma. De acordo com a multinacional, o plano é disponibilizar o Azure nestes moldes ainda no primeiro semestre de 2014.
Em declarações à IT Web o presidente da Microsoft Brasil, Mariano de Beer, explicou que a empresa prefere dizer que está disponibilizando uma plataforma em vez de data center.
Trocando em miúdos, o que isso quer dizer é que a companhia deverá alocar máquinas próprias em um prédio de terceiros, e gerenciar o serviço com equipes próprias.
A estrutura também servirá para abrigar o Office 365, sua suíte de escritório baseada na nuvem. Não foi revelado quem será o provedor do serviço.
Com a nova abordagem, a expectativa é que a operação nacional aumente a disponibilidade e latência do serviço entre 10 e 20 vezes. A fabricante estima que 3,5 mil clientes no país utilizarão a infraestrutura nacional.
Isso sem contar que deverá agradar o governo. Após o escândalo de espionagem da americana NSA, a presidente Dilma Rousseff vem defendendo a hospedagem de serviços em nuvens hospedadas dentro do país.
Com a oferta mais agressiva, a Microsoft esquenta a briga pelo mercado nacional com a Amazon Web Services, presente com infraestrutura local há dois anos.
De acordo com de Beer, que assumiu a Microsoft em julho, vindo do Grupo RBS, a estratégia para vender o Azure será intensificada.
Segundo o executivo, 7 mil parceiros no país estão preparados para integrar soluções em nuvem. Desses, 200 canais tem alto nível de certificação, com mais possibilidades de crescerem ofertas.