
Grandes eventos são uma coisa do ado? Foto: Microsoft.
A Microsoft já cancelou todos os seus maiores eventos previstos para 2020 devido ao coronavírus, e pode estar pronta para dar um o adiante, cancelando também eventos em 2021, quando o que começou como uma reação à pandemia pode virar uma nova orientação estratégica.
Neste ano, a Microsoft já cancelou o MVP Summit, previsto para acontecer em março em Seattle; o Build 2020, previsto para acontecer em maio também em Seattle; o Inspire 2020, previsto para julho em Las Vegas e o Ignite IT, marcado para setembro em Nova Orleans, cidade que hoje é um dos epicentros da pandemia nos Estados Unidos.
São eventos com um público somado de 70 mil pessoas. Assim como todos os outros grandes eventos de empresas de tecnologia, eles foram cancelados pelo temor à propagação do coronavírus e vão acontecer online.
Agora, de acordo com o ZDNet, a Microsoft está considerando um o adiante, transformando o evento online em uma regra, e não numa resposta momentânea a uma crise.
A nova orientação afetaria os eventos do primeiro semestre do ano que vem (o ano fiscal da Microsoft vai de julho a julho). A Microsoft não confirma a decisão, mas também não desmentiu.
De acordo com as fontes ouvidas pelo ZDNet, o raciocínio da Microsoft é que quanto antes os eventos forem cancelados, mais tempo haverá para planejar melhores eventos virtuais, com base no seu próprio estúdio e tecnologias de conferência como o Teams ou o Microsoft 365 Live Events.
Grandes conferências para milhares de participantes são parte da estratégia de marketing de todas as companhias de tecnologia.
Em condições normais, seria inimaginável o cancelamento de um evento desse gênero no curto e médio prazo, apesar da influência crescente do discurso ecologicamente correto dentro das empresas (milhares de pessoas voando para ir em um local não é muito verde) e da melhoria na tecnologia de conferências.
Grandes crises como a do coronavírus, no entanto, possuem o poder de acelerar decisões e tendências latentes. Empresas estão organizando grandes eventos online no momento, e aprendendo o que funciona o que não funciona e como obter um retorno similar por um investimento infinitamente menor. Eles podem optar, como parece ser o caso da Microsoft, por aprofundar seus esforços nessa direção.
É possível que o mundo pós-coronavírus seja um mundo com menos grandes eventos de TI.