
No segundo trimestre de 2016 foram comercializados 860 mil tablets. Foto: Pixabay.
O mercado de tablets apresentou uma nova queda no segundo trimestre de 2016. Na comparação com o mesmo trimestre de 2015, as vendas tiveram baixa de 32%.
De acordo com dados do estudo IDC Brazil Tablets Tracker, no período foram comercializados 860 mil equipamentos, incluindo os notebooks 2 em 1. O número de unidades vendida supera em 3% o volume do primeiro trimestre deste ano.
“A expectativa é de que o mercado continue apresentando taxas elevadas nos próximos trimestres, principalmente por conta do dia das crianças e do natal. O público infantil é o foco dos fabricantes que apostam em modelos cada vez mais personalizados para uma faixa etária que ainda não utiliza o celular”, conta Wellington La Falce, analista de mercado da IDC Brasil.
Enquanto o ticket médio dos tablets em 2015 era de R$ 428, neste ano, ele está em torno de R$ 443.
“Com a estabilidade do dólar, os preços devem ficar mais atrativos. Porém, estamos falando de um equipamento que depende muito do câmbio. Nossa previsão para este ano é de uma elevação de aproximadamente 17% no valor investido para adquirir o produto”, completa o analista da IDC Brasil.
Segundo La Falce, os tablets perderam espaço para os smartphones com tela grande.
“Houve uma canibalização dos tablets, já que não conseguimos mais justificar a compra de dois aparelhos tão similares. Além disso, muitos fabricantes abandonaram o Brasil. Atualmente, apenas três marcas concentram 75% de todo o mercado”.
Ainda de acordo com o estudo da IDC, em 2016 devem ser comercializados 4 milhões de dispositivos, ou seja, 30% a menos do que em 2015. Já para 2017, a expectativa é de que a categoria atinja 3,6 milhões de produtos vendidos, uma nova queda.