
Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Megatelecom.
A Megatelecom, provedora de Internet paulista focada no mercado corporativo, acaba de fechar a compra da conterrânea Evo Telecom.
O valor do negócio não foi revelado.
A compra agrega 10% de faturamento para Megatelecom, que agora a a operar os 1 mil km de fibra óptica da Evo, concentrados em São Paulo, mas com presença também em 15 cidades do Interior.
A própria Megatelecom tem 4 mil km de fibra nas cidades de São Paulo, Campinas e Sorocaba, atendendo 1,2 mil clientes corporativos.
A Evo é a primeira compra da Megatelecom, que tem planos de gastar até R$ 150 milhões neste ano com a compra de entre 5 a 10 operadoras, com faturamento entre R$20 milhões e R$ 50 milhões por ano e rede própria no estado de São Paulo.
"Essa primeira incorporação se encaixa perfeitamente em nosso plano estratégico de consolidar a presença que ainda não temos no mercado de médias e pequenas empresas, além de aumentar o número de prédios que contam com a infraestrutura da empresa”, afirma Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Megatelecom.
Além de conectividade, a empresa também oferece PABX Virtual, Cloud, SD-WAN, além de serviços de consultoria, soluções que representam 60% da receita da empresa hoje.
A Megatelecom está colocando em prática uma estratégia de consolidação para São Paulo no mercado corporativo. Já está em curso um movimento similar em nível nacional, visando a consolidação no mercado provedores regionais de fibra óptica.
O fundo de investimentos EB Capital, por exemplo, levantou R$ 2 bilhões para a EB Fibra, um projeto voltado para aquisição de empresas do gênero.
A EB Fibra começou em 2018 com a aquisição da Sumicity, que opera no interior do Rio de Janeiro. Desde então, a empresa saltou de 90 mil s para 280 mil.
A Vinci Partners criou a Vero em janeiro de 2019 e já fez dez aquisições de provedores regionais, entrando em Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, totalizando hoje 330 mil s.
O mercado potencial é enorme. O Brasil tem mais de cinco mil provedores regionais, espalhados por partes do país que não são atendidos por grandes operadoras.