
No Brasil, empresa atuava no Rio de Janeiro e em São Paulo há seis meses. Foto: divulgação.
A Lime, startup americana de patinetes elétricos, anunciou o encerramento de suas atividades em 12 cidades, o que inclui toda operação da empresa na América Latina.
No Brasil, a empresa operava no Rio de Janeiro e em São Paulo desde julho de 2019, além das cidades latino-americanas de Bogotá (Colômbia), Buenos Aires (Argentina), Montevidéu (Uruguai), Lima (Peru) e Puerto Vallarta (México).
A operação de São Paulo será finalizada nas próximas semanas e a do Rio de Janeiro, nos próximos meses.
Alguns mercados dos Estados Unidos também serão encerrados. Entre eles, estão as cidades de Atlanta, Phoenix, San Diego e San Antonio. Na Europa, a única cidade afetada é Linz, na Áustria.
Segundo a empresa, estas cidades estão evoluindo mais lentamente na micromobilidade, sem dar lucro tão rápido quanto a grande maioria dos mais de 120 mercados onde a empresa atua.
“Parte da concretização de nossa visão de transformar a mobilidade urbana é alcançar a independência financeira. É por isso que mudamos nosso foco principal para a lucratividade”, afirma o Brad Bao, CEO da Lime, em comunicado publicado no site da empresa.
Também no comunicado, o executivo diz que espera poder introduzir a Lime novamente nessas comunidades quando for a hora certa.
Segundo o site Axios, as demissões devem ficar em torno de 100 no total, aproximadamente 14% da força de trabalho da empresa.
A Lime já recebeu mais de US$ 765 milhões em sete rodadas de investimentos, atingindo um valor de mercado de US$ 2,4 bilhões em 2019.
O site Tecnoblog afirma que o mercado de patinetes elétricos está em consolidação. Empresas como Bird, Scoot e Lyft, que não atuam no Brasil, deixaram de atuar em alguns mercados e demitiram funcionários.
No Brasil, ainda de acordo com o site, a mexicana Grin realizou fusões com as concorrentes Ride e Yellow, e agora se chama Grow. A Uber começou a oferecer esses veículos no Brasil, inicialmente apenas em Santos, São Paulo.