
É de mentirinha. Foto. Depositphotos.
Golpistas estão usando aplicativos de banco falsos para fingir fazer uma transferência por Pix, se aproveitando de caixas de lojas para levar produtos sem pagar.
Quem diz é a Kaspersky, que identificou “soluções” do tipo focadas nos sistemas de transferências instantâneas como o Pix (adotado no Brasil), Yape e PLIM (adotados no Peru) e MercadoPago (amplamente adotado na Argentina).
Os aplicativos estão à venda em grupos no Telegram. Os golpistas no caso são de dois tipos. Um cria os aplicativos falsos e outros usam eles em lojas, se aproveitando de caixas distraídos.
Isso porque o app falso é criado com o objetivo de parecer com o app legítimo e simular o o a o, porém nenhuma transação é feita e a aplicação não está conectada a nenhum sistema de pagamento.
Nesse contexto, o fraudador precisa escolher bem suas vítimas.
“O ideal são estabelecimentos comerciais que operam com sistemas de pagamento offline ou desconectados dos sistemas de gerenciamento. Outro ponto importante é um local com muitos clientes, pois a fila será uma pressão favorável aos criminosos que estão tentando enganar o caixa com uma transação que não existe”, aponta Leandro Cuozzo, analista de segurança da Kaspersky para a América Latina.
No caso do Peru, no qual os pagamentos são confirmados por um SMS, já é possível comprar um pacote de mensagens de confirmação falsa, um serviço adicional cobrado à parte do aplicativo falso em si. O pacote de 50 SMSs sai por 50 soles (em torno de R$ 70 reais).
A intenção de fraude é tão grande, que essa ameaça esteve presente nos últimos relatórios globais de ameaças móveis da empresa desde novembro de 2023.