
Intel e governo firmam acordo para pesquisa e desenvolvimento. Foto: divulgação.
A Intel firmou um acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério da Educação (MEC) para incentivar a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias da informação e comunicação (TICs) em áreas de interesse nacional.
Segundo divulgado pela fabricante de chips, a iniciativa alinhada ao programa federal TI Maior mobilizará até 300 pesquisadores, entre colaboradores, pesquisadores e bolsistas, nos próximos cinco anos. O investimento previsto pela Intel é de R$ 300 milhões.
Com o anúncio, a empresa vai financiar pesquisas em universidades brasileiras na área de TICs para os setores de educação, energia e transporte, mirando no setor de softwares e serviços.
As pesquisas terão como foco o desenvolvimento de ferramentas de visualização e simulação para a extração na camada pré-sal, softwares educacionais, computação de alto desempenho, tecnologias para emplacamento eletrônico de carros e gestão de trânsito de ageiros e carga, entre outra.
O Governo Federal oferecerá por meio de edital bolsas a estudantes e pesquisadores.
FOCOS
Os trabalhos serão desenvolvidos por meio de células de pesquisa em centros de excelência distribuídos pelo país, conectados aos laboratórios da Intel.
No Brasil a aliança inicia com o desenvolvimento de soluções de segurança e criptografia para systems-on-a-chip em ambientes de baixo consumo de energia envolvendo projetos apresentados por pesquisadores da Unicamp, USP, UnB e UFMG.
Além destas instituições, na região sul o Paraná receberá a iniciativa. As universidades contempladas são a PUC-PR, UFPR e a Universidade Tecnológia Federal do estado (UTFPR)..
“O primeiro aspecto positivo desse anúncio da Intel reside no fato de estarmos atraindo investimentos externos para a realização de atividades de P&D no Brasil”, afirmou o ministro Marco Antonio Raupp.
INVESTIMENTO
Com o acordo, a Intel amplia de forma significativa sua atuação na área de software e serviços no país.
A empresa prevê a contratação de cerca de 80 engenheiros de software no país nos próximos cinco anos, para oferecer e a desenvolvedores a mais de 70 mil companhias e 400 mil desenvolvedores no Brasil.
Por meio de seus programas de incentivo, a Intel busca alavancar a produção de soluções de software desenvolvidas localmente, em áreas como jogos, mobilidade, computação em nuvem e novas plataformas, como o Ultrabook.
A Intel também irá colaborar com universidades brasileiras para a renovação dos currículos dos cursos de ciência da computação e desenvolvimento de software, bem como para possibilitar o o de pesquisadores e acadêmicos a laboratórios de computação de alto desempenho (HPC).
“Este acordo marca o início de uma nova fase para Intel Brasil, onde assumimos um papel direto no fomento à inovação para o crescimento sustentável do país”, comentou Fernando Martins, presidente da Intel Brasil.
CHIPS
A Intel não deu maiores informações sobre o papel que o carro-chefe de sua operação - os chips - farão dentro desta iniciativa.
No entanto, este esforço em investir em P&D no país faz frente às manobras de concorrentes como a norte-americana Qualcomm.
A multinacional de tecnologia 3G abriu no país em 2012 um centro de pesquisa e desenvolvimento focado em tablets para mercado em massa, com um laboratório para apoiar desenvolvedores brasileiros de aplicativos móveis.
De olho no mercado de smartphones, tablets e PCs, a fabricante já fechou parceria com a CCE para o uso de seus chips, chegando ao mercado nacional.
Além da CCE, a Gradiente, Semp-Toshiba e Positivo anunciaram que utilizarão tecnologia da Qualcomm.