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Divulgação, huangjiahui/Flickr
Num esforço de manter os investimentos em semicondutores em alta no Brasil, o governo estuda uma redução de 5% para 2% a parcela do faturamento bruto das empresas destinada à P&D.
O assunto foi debatido no legislativo federal, numa discussão sobre o Plano Brasil Maior.
Segundo o coordenador de microinformática do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Henrique Miguel, a redução é uma solicitação das empresas.
"Elas ainda não sentiram atratividade para participar do Padis”, declrou, ao Convergência Digital.
O Padis é o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores, criado na leia nº 11.484, de 31 de maio de 2007.
De acordo com niguel, a alteração não alcança todas as beneficiadas, e será feito um escalonamento a depender da atividade específica.
Miguel explica que a indústria de semicondutores é dividida em etapas. Na primeira, relativa ao desenvolvimento dos projetos, que envolve menos investimentos, a alíquota de 5% será mantida.
Na fase posterior, de fabricação (fundição), é que os 2% deverão efetivamente ser adotados. Já a fase de encapsulamento, bem como a acrescida fase de corte, haverá um percentual intermediário.
PRA NÃO PERDER O BONDE
A receita mundial com semicondutores deverá chegar a US$ 309 bilhões em 2012, segundo o instituto Gartner, com avanço de 2,2% sobre o valor de 2011.
O avanço, tímido frente a alta de 4,6% em 2011 e de 35,1% em 2010, se deve às incertezas econômicas, segundo o pesquisador Bryan Lewis.
A produção do PC deverá crescer 5% em 2012, metade do previsto anteriormente pelo instituto.
CHIPS GAÚCHOS
O Rio Grande do Sul tem dois dos maiores empreendimentos na área de semicondutores no Brasil.
Um deles é fábrica estatal Ceitec, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, que atualmente trabalha projetando chips para produção terceirizada, com previsão de início da fabricação própria a partir de 2012, segundo o atual titular da pasta a qual a empresa, instalada em Porto Alegre, está ligada, Aloizio Mercadante.
Em São Leopoldo fica a HT Micron, t venture com participação da coreana Hanna Micron e do fundo brasileiro Parit, controlador da Altus e da Teikon.