PUXÃO DE ORELHA

Insper: inovação no Brasil engatinha hr33

O Brasil inova pouco. A constatação foi atirada à queima roupa aos participantes do SAP Fórum nesta terça-feira, 13, por Naércio Menezes Filho, professor de Economia do Insper e da USP. A conclusão do especialista se baseia em três pilares essenciais: educação, custo país e produtividade. 416b3x

13 de março de 2012 - 13:12

O Brasil inova pouco. A constatação foi atirada à queima roupa aos participantes do SAP Fórum nesta terça-feira, 13, por Naércio Menezes Filho, professor de Economia do Insper e da USP.

A conclusão do especialista se baseia em três pilares essenciais: educação, custo país e produtividade.

“Comparando dados de inovação, em termos de P&D, por exemplo, o Brasil está muito atrás de países menores, como a Coreia”, comentou Menezes. “Já em número de patentes, outro grande indicativo, o país tem participação quase nula em registros em escritórios americanos - míseros 0,09%, ante 60% dos EUA e 24% do Japão”, completou.

Quando o assunto é produtividade, o alarme é ainda maior: segundo o economista, o trabalhador brasileiro produz, em média, cinco vezes menos que o norte-americano e três vezes menos que o coreano.

Além disso, enquanto a média de produtividade do BRIC subiu 6% ao ano entre 2005 e 2010, o índice só do país não subiu mais de 2%/ano no período.

“Hoje, enquanto um trabalhador nos EUA produz o equivalente a US$ 1 mil, o brasileiro gera US$ 200, em média”, compara Menezes.

Um problema que, segundo o economista, começa na escola.

Citando dados do Insper, Menezes afirma que a maior parte das crianças brasileiras em idade escolar até 14 anos está na escola. Porém, a educação oferecida no ambiente público é fraca.

“O aluno que sabe bem matemática, por exemplo, saberá calcular bem em uma empresa, avaliar riscos, definir gestão, istrar. Saberá também decodificar inovações vindas de fora, aplicar recursos, distribuir”, analisa o professor.

O custo Brasil entra na jogada também, atrapalhando as companhias no atendimento à alta carga tributária e dispêndio de tempo, esforços e recursos para adaptação a leis, normas e regras setoriais, corporativas, trabalhistas, entre outras.

“Não sobra tempo nem dinheiro para dar muita atenção à inovação”, destaca o especialista.

Do de abertura do SAP Fórum, participaram também os presidentes da SAP Brasil, Luiz César Verdi; América Latina e Caribe, Rodolpho Cardenuto; da Marítima Seguros, Francisco Vidigal Filho; e da Alpargatas, Márcio Utsch.

Gláucia Civa cobre o SAP Fórum 2012, em São Paulo, a convite da SAP Brasil.

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