
Flavio Moraes.
A Ingram Micro, uma das maiores distribuidoras de tecnologia do mundo, acaba de adquirir a BRLink, uma empresa brasileira especializada em serviços gerenciados na nuvem da AWS.
De acordo com a Ingram, o negócio torna a empresa a “única distribuidora do Brasil a oferecer uma migração completa para a nuvem”.
Não foi revelado o valor da compra. A BRLink seguirá atuando de maneira independente, como uma unidade de negócios da Ingram, sob o comando do seu fundador Rafael Marangoni.
A BRLink foi fundada há 10 anos em São Paulo e tem cerca de 150 funcionários, de acordo com o Linkedin.
A empresa lista 36 cases no seu site, incluindo nomes como clientes como GPA, CNA e Porto Seguro.
Um relatório recente da ISG sobre o mercado de nuvem no Brasil apontou a BRLink entre as líderes em três categorias diferentes, incluindo “Public Cloud Transformation Services for Midmarket” e “Managed Public Cloud Services”.
“Nosso histórico e expertise voltados para os canais são perfeitamente complementados pelas soluções da BRLink, permitindo-nos oferecer excelentes serviços adicionais aos revendedores e contribuir para sua atuação em um mercado cada vez mais procurado por empresas de todos os portes, como projetos de IaaS e Data & AI”, disse Flavio Moraes, vice-presidente e diretor executivo da Ingram Micro para o Brasil.
Os grandes players de distribuição têm buscado um pedaço do mercado de nuvem nos últimos anos. A Ingram Micro Brasil se tornou uma distribuidora da AWS em 2019, por exemplo.
Não é à toa. De acordo com dados apresentados pela IDC no IDC Digital Roadshow Dynamic Enterprise Brasil, 52% das empresas brasileiras já utilizam algum tipo de nuvem como parte de sua infraestrutura digital e 39% dos CIOs do Brasil entrevistados pela consultoria disseram que a computação em nuvem estava entre suas iniciativas estratégicas em 2021.
Moraes assumiu o comando da Ingram em abril, vindo justamente da área que trabalha para bombar cloud dentro da distribuidora.
Sob a liderança de Moraes, a Ingram criou um marketplace próprio de software como serviço, que fechou a venda do “seat” número 2 milhões no começo do ano.
Moraes foi contratado faz três anos, vindo da Claro, onde era diretor do negócio de cloud e soluções digitais. Ele também foi gerente geral de produtos cloud, TI, segurança e MSS na Embratel, onde ou 13 anos.
A Ingram trocou recentemente de mãos.
A HNA, conglomerado chinês que comprou a Ingram Micro em 2016, ou a gigante americana distribuição adiante para o fundo americano Platinum Equity por US$ 7,2 bilhões no final do ano ado.
Pelo visto, os novos donos querem investir mais na empresa, inclusive no Brasil.
“Estamos cumprindo nossa promessa de investir no crescimento da Ingram Micro, expandindo em mercados-chave como a América Latina e em segmentos de produtos essenciais como soluções em nuvem”, afirma o sócio da Platinum Equity Jacob Kotzubei.