
A previsão de investimentos da indústria catarinense, especialmente os setores metalurgia, celulose e papel e alimentos e bebidas, para o período 2011-2013 é de R$ 2,48 bilhões, sendo que mais da metade (R$ 1,60 bilhão) deve ocorrer em 2011.
Deste total, a atualização tecnológica, aquisição de máquinas e equipamentos e aumento da capacidade produtiva estão no foco, conforme estudo realizado pela Fiesc, em parceria com o BRDE, e divulgado nesta terça-feira, 24.
Segundo a pesquisa, só para este ano a projeção de investimento é de 18% a mais do que o valor investido em 2010, que foi de R$ 1,3 bilhão.
Já para 2012, estão programados investimentos de R$ 411 milhões e, para 2013, R$ 469,9 milhões.
Conforme avaliação do BRDE, com os investimentos programados para o triênio, 18 mil novos empregos deverão ser gerados no estado e fora dele, por empresas que pretendem investir em outros locais do país e exterior.
“Para os investimentos futuros a tendência é reduzir utilização de capital próprio e aumentar a captação em bancos de fomento. A previsão é utilizar 44% de recursos próprios, 32% de financiamentos de bancos de fomento, 12% de bancos privados nacionais e 7,4% de bancos de fomento via bancos privados, entre outros”, informa a pesquisa.
Segundo 43,3% das indústrias consultadas, os investimentos previstos para 2011 buscam atender apenas ao mercado interno.
Já para 55,8%, a pretensão é atender tanto ao mercado interno quanto ao externo e, para 1%, a finalidade é só o exterior.
De acordo com o estudo, realizado com 133 empresas de 19 setores, os fatores que poderão colocar em risco os investimentos planejados são demanda incerta, custos de matérias primas, altas taxas de juros, restrição ao crédito, política tributária, concorrência chinesa, inflação, estagnação do mercado e política cambial.
“A proporção de indústrias que investiu em 2010 foi maior do que em 2009, ou seja, 83% contra 77%, respectivamente. O valor investido apresentou pequeno aumento, ando de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,3 bilhão. Embora maior do que 2009, os investimentos de 2010 ainda estão abaixo de 2008 (R$ 2,1 bilhões), mas dentro da média dos anos anteriores, que foi de R$ 1,2 bilhão”, prossegue o levantamento.
Ainda conforme a avaliação, das indústrias catarinenses que investiram em 2010, 63,9% o fizeram conforme o planejado, 25% de maneira parcial e 11% além do inicialmente previsto.
Quanto à não realização de investimentos no ano ado, ou realização parcial, os principais motivos levantados pela pesquisa são incertezas em relação à demanda, restrições de linhas de crédito, falta de recursos próprios, menor rentabilidade de exportações, política cambial favorável às importações, concorrência desleal de produtos chineses, além da retração do mercado internacional.
A íntegra do estudo pode ser consultada no link abaixo.