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Devendra Fadnavis e Safra Catz.
Maharashtra, um dos estados mais populosos da Índia, com 112 milhões de habitantes, está executando um plano de cidades inteligentes com investimento previsto de US$ 1 bilhão até o final de 2018 e uma participação importante da Oracle.
As dimensões do projeto são de tirar o fôlego. A ideia é conectar 28 mil cidades no estado com fibra ótica (a título de comparação, o Brasil todo tem 5,5 mil municípios) e criar 10 projetos de cidades inteligentes nas maiores cidades da região, que incluem Mumbai, o centro financeiro do país.
A Oracle vai entrar na jogada com infraestrutura de computação na nuvem instalada nos seus centros de dados da Índia, além de criar um centro de excelência focado na temática de cidades inteligentes.
A multinacional americana começou a operar na Índia ainda em 1994. Hoje, dos 120 mil funcionários da Oracle, 31 mil estão na Índia. Dentro do grupo de desenvolvimento de produto, a proporção é ainda maior, com 12 mil colaboradores, um terço do total.
“Queremos usar a melhor tecnologia disponível no mundo”, resume Devendra Fadnavis, ministro chefe do Maharashtra, o cargo executivo equivalente ao de governador no Brasil, citando aplicações do projeto em saúde, educação e gestão das cidades do estado.
Fadnavis foi tratado com honras de chefe de estado durante sua aparição no Oracle Open World em São Francisco nesta terça-feira, 20, com direito a discurso no palco ao lado de Safra Catz, uma das CEOs da Oracle.
Em uma fala cheia com ressonâncias para um ouvinte brasileiro, Fadnavis falou do senso de urgência na sua istração para aumentar o uso de tecnologia como uma forma de alavancar o bônus populacional que a Índia tem no momento, no qual 65% da população tem menos de 35 anos (no Brasil, a cifra é 33%).
Até 2020, a média de idade dos indianos será 29 anos. A do brasileiro deve ser 33,5, a do americano 37, a do chinês 39.
“Precisamos tranformar essa vantagem demográfica em recursos humanos que gerem riqueza e desenvolvimento no país”, afirma Fadnavis. “A Índia não tem tempo para perder tempo”, agrega Safra.
* Maurício Renner cobre o Oracle Open World em São Francisco a convite da Oracle.