
Darren Roos, CEO da IFS. Foto: Divulgação.
A IFS, multinacional sueca de sistemas de gestão, assinou um acordo para adquirir a Astea, empresa americana de software para gerenciamento de serviço de campo (FSM, na sigla em inglês).
O anúncio foi feito no IFS World, evento anual da companhia, realizado entre os dia 8 e 10 de outubro em Boston.
O negócio expande a atuação da IFS no segmento de FSM, no qual a companhia sueca já aparece entre as líderes do quadrante mágico do Gartner. Juntas, Astea e IFS atendem a 8 mil clientes com softwares para gerenciamento de campo.
Com sede no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, a Astea não tem presença no Brasil. A companhia tem grandes unidades em outros três países (Austrália, Inglaterra e Japão), além de presença em Israel e na Holanda.
A partir da aquisição, a IFS ganha força em clientes de médio e grande porte nos setores de telecomunicações, controles e instrumentação, incêndio e segurança, dispositivos médicos, manufatura, equipamentos industriais e de varejo, destaques entre clientes da Astea.
Hoje, a companhia sueca tem foco em empresas dos segmentos de energia, óleo e gás, manufatura complexa e aviação & defesa.
Em 2020, a IFS espera uma alta de 40% nas receitas com licenças de software para gerenciamento de serviço de campo. Aproximadamente 80% desse faturamento deve vir de contratos de recorrência.
"Ambas as organizações, nossos clientes, parceiros e funcionários se beneficiarão de nossa experiência em domínio coletivo. Com esta aquisição, construiremos a oferta mais atraente de FSM do setor", comenta Darren Roos, CEO da IFS.
Com o reforço em FSM, a IFS busca aproveitar a tendência de servitização, estratégia em que as empresas buscam novas receitas ao lançar novos serviços associados a seus produtos.
“Frequentemente vemos que nossos clientes tem gaps em seu portfólio de serviços e nós podemos ajudá-los nisso. A receita de serviços gera oportunidade de crescimento com maior margem”, destaca Marne Martin, presidente da IFS para a unidade de gerenciamento de serviços.
As linhas da IFS para gerenciamento de serviços são importantes para trabalhar com os clientes de segmentos complexos nos quais tem foco.
A companhia sueca é menor que SAP e Oracle, com as quais disputa o mercado de ERP, mas consegue complementar a oferta com linhas de software de gerenciamento de ativos (EAM) e gestão de serviços (ESM), importantes para empresas que lidam com ativos que precisam ser gerenciados por longos períodos de tempo.
Em 2018, a a IFS fechou o ano com faturamento de US$ 606 milhões. Para 2019, a expectativa é crescer 21%. Até 2021, a companhia tem a meta de chegar a uma receita de US$ 1 bilhão.
*Júlia Merker cobriu a IFS World Conference, em Boston, a convite da IFS.