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Johnny Borges, diretor de impacto social do iFood. Foto: Divulgação.
O iFood vai apoiar 25 iniciativas sociais voltadas para entregadores de aplicativos, com valores entre R$ 10 mil e R$ 100 mil.
Batizado de iFood Chega Junto, o projeto é inédito na gigante de entregas e terá um custo total de entre R$ 250 mil ou R$ 2,5 milhões.
Os projetos podem ser de entregadores ou de entidades voltadas para a categoria, envolvendo três eixos: Educação e oportunidades; Respeito, orgulho e autoestima e Bem-estar, saúde e segurança.
Alguns exemplos de formatos que podem ser criados são workshops, cursos, palestras, rodas de conversa, encontros, feiras e exposições.
“O iFood chega junto do entregador e vai dar a ele o apoio necessário para fortalecer e desenvolver a comunidade ou coletivo de companheiros de entrega em que atua”, explica Johnny Borges, diretor de impacto social do iFood.
Em nota, o iFood coloca o novo projeto como parte de uma série de outras iniciativas voltadas para os entregadores (ou, em corporativês, uma “jornada de valorização e respeito”).
Desde junho deste ano, a empresa ou a disponibilizar uma central de apoio jurídico e psicológico, na qual os entregadores podem buscar aconselhamento em caso de manifestações de preconceito ou violência dos clientes.
A empresa já tinha programas educacionais, em nível de educação básica, para obtenção de diplomas de ensino médio, ando por cursos profissionalizantes, e chegando a bolsas para o ensino superior.
Com 200 mil motoboys entregando 70 milhões de pedidos mensais em 1,7 mil cidades, o iFood é um dos maiores apps de entregas do Brasil.
O tamanho coloca a empresa em evidência com frequência quando o assunto são as condições de trabalho dos entregadores de aplicativos no país.
O tema tem sido assunto pelo menos desde 2020, quando o coronavírus aumentou muito o uso de serviços de entrega de todo tipo, ao mesmo tempo em que trabalhar como entregador se tornou a única alternativa de trabalho para muitas pessoas.
Em junho de 2020, aconteceu o primeiro movimento nacional de paralisação dos entregadores de aplicativos, um tipo de iniciativa que tem se repetido com alguma frequência desde então, na maioria das vezes sem sucesso.
A meta de organizar uma greve geral é muito complexa para emplacar, mas os entregadores têm usado outras formas de protesto que podem significar interrupção do negócio das plataformas.
Em junho, por exemplo, entregadores de Jaraguá do Sul, um município de 184 mil habitantes em Santa Catarina, os motoboys fizeram um piquete travando as coletas do shopping principal da cidade.
No meio de tudo isso, está em discussão a criação de um novo status legal para os entregadores, que ariam a ter alguns direitos assegurados por lei, sem ser considerados funcionários das plataformas sob o regime CLT.
O iFood é um dos principais atores na discussão, tendo inclusive preparado sua proposta de projeto de lei sobre o assunto.