
E aí amiga? Foto: flickr.com/photos/jlt/
Uma verdade universal – ou um clichê produzido por respostas mentirosas em pesquisas, você escolhe – é que os homens são mais saídos que as mulheres quando o assunto é sexo.
A tendência segue quando o tema é sexting, termo em inglês que designa a prática de enviar mensagens online contendo conteúdo sexual já seja por texto, foto ou vídeo.
De acordo com a mais extensa pesquisa feita sobre o tema no Brasil, e, até onde a reportagem sabe, a única, 44% dos homens já enviaram texto, fotos, vídeos eróticos, contra 33% das mulheres.
O meio preferido ainda é o bom e velho SMS, o único, aliás, no qual as mulheres lideram em uso, com 72% contra 67% dos homens. Quando o assunto são fotos, há um empate técnico com 29% para mulheres e 32% para homens. No vídeo, a predominância é masculina, com 17% contra 9%.
Os destinatários do conteúdo também mostram diferenças comportamentais entre os sexos. Em ambos casos, o destinatário primordial é uma relação estável. Entre as mulheres que já praticaram sexting, 63% disseram tê-lo feito para namorados, número que chegou a 53% entre os homens (ah, o problema da falta de sexting nas relações).
Mas os homens afirmaram ainda terem mandado sexting para amizades íntimas em 48% dos casos e para pessoas que acabaram de conhecer em 16%. Entre as mulheres, esses números caem muito, para 29% e 7%, respectivamente.
As reações do lado do destinatário também são diferentes. Previsivelmente, positivas entre os homens que afirmaram se sentir excitado (46%), surpreendido (37%) e alegre (36%). Entre as mulheres, a surpresa lidera com 42%, seguido por envergonhada, com 36%, assustada com 26%.
Só 28% listaram excitada entre as reações. A título de comparação, apenas 17% dos homens listaram envergonhados como uma reação e assustados 15%.
Os homens também são mais propensos a seguir enviando sexting mesmo depois de meterem em problemas: 60% contra 15%.
Um pouco surpreso com toda essa falação sobre sexting? Você não está sozinho. Segundo a mesma pesquisa, 76% dos brasileiros também nunca escutaram esta palavra. Mesmo entre os que já se engajaram na prática, o número chega a 65%.
Vale destacar que a pesquisa “Sexting – Uma Ameaça Desconhecida”, foi feita pela eCGlobal Solutions, multinacional de pesquisa digital, eCMetrics, consultoria de mídia digital e as ONGs TelasAmigas e CLIPS – Instituto do Pensamento com o objetivo de conscientizar sobre o tema e promover ações de educações nas escolas, visando evitar bullings e outros problemas.
A pesquisa foi realizada nos meses de junho e julho de 2012 no Brasil e em outros países da América Latina (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Uruguai e Venezuela) com um total de 5.494 pessoas maiores de 18 anos.
Confira a apresentação dos dados na íntegra: