
Impressoras 3D são a aposta de futuro da HP.
A SKA vendeu impressoras 3D da HP para a Flextronics, multinacional de fabricação de produtos eletrônicos cuja operação de Sorocaba, no interior paulista, entrega a produção “made in Brazil” de diversas gigantes de TI.
Em nota, a HP não chega a revelar quantos equipamentos HP Jet Fusion foram vendidos exatamente.
A intenção da Flextronics é oferecer manufatura aditiva sob demanda a clientes locais, resultando na aceleração do design e da produção. Ao longo dos anos, a empresa atendeu nomes como Dell, HP e IBM.
“A solução corporativa de impressão 3D da HP é capaz de entregar peças físicas de qualidade superior com rapidez e eficiência de custo, o que dá a nossa companhia uma vantagem competitiva no futuro da manufatura digital”, explica Leandro Santos, vice-presidente da Flex Ltda.
Essa é a primeira venda divulgada de impressoras 3D da HP por parte da SKA, que fechou um acordo para ser canal da HP no começo do ano. A companhia gaúcha é especializada em tecnologia para manufatura.
A SKA trabalha com impressão 3D desde 2012 e era até pouco tempo atrás parceira da Stratasys, uma das maiores do segmento, tendo uma base instalada de 150 máquinas no Brasil.
“Acredito que a HP já é hoje mais competitiva quando o assunto é impressão em volume. Mais para médio prazo, eles tem mais capacidade de investimento que todos os outros players juntos”, avalia Siegfried Koelln, diretor da SKA.
De acordo com o empresário gaúcho, a HP é especialmente competitiva para impressão em série de peças para até 3 mil unidades, uma escala na qual a tecnologia se torna uma alternativa para o processo tradicional de injeção em plástico.
Junto com a 3D Systems, a Stratasys é atual líder de mercado, mas ambas empresas sofrem para ter uma receita à altura de toda a falação em torno do assunto impressão 3D.
A SKA está, por tanto, fazendo uma aposta no futuro da HP em uma das suas principais áreas de negócios.
No médio e longo prazo, pode ser a aposta correta. Os gastos mundiais com impressão 3D atingirão US$ 13,8 bilhões em 2019, de acordo com a IDC. O mercado em nível latino americano ainda é incipiente e por isso deve ter um dos crescimentos mais rápidos em impressão 3D, com taxa de crescimento anual composta de mais de 25%.