NAS RUAS

Fatal Model seduz investidores em SP 6c613v

Portal de acompanhantes abordou potenciais “stakeholders” no meio da Faria Lima. 6k6p48

19 de setembro de 2024 - 11:40
Fatal Model abordou potenciais investidores na rua. Foto: Divulgação.

Fatal Model abordou potenciais investidores na rua. Foto: Divulgação.

A Fatal Model, maior portal de anúncios para acompanhantes do Brasil, adotou uma estratégia heterodoxa para atingir potenciais investidores: abordou eles no meio da Faria Lima, o coração financeiro de São Paulo.

Entre os dias 09 e 13 de setembro, a empresa levou representantes para a rua visando estabelecer um “primeiro contato direto com potenciais stakeholders” e “atrair a atenção de investidores e apresentar seu pitch deck”.

Em dois dias a ação foi realizada na parte da manhã e almoço e os demais dias no horário de happy hour e a noite, distribuindo QR Codes (a Fatal Model não chega a dizer para onde eles apontavam).

Ao contrário do que pode pensar algum leitor mais saidinho, a Fatal Model não colocou garotas de programa para executar a ação. 

Pelo menos, a foto de divulgação mostra seis divulgadores (quatro homens e duas mulheres), vestidos de maneira discreta com um coletinho sem mangas, o uniforme informal da Faria Lima.

Ao longo da ação, foram impactadas aproximadamente 3 mil  pessoas, com diversas interações que resultaram em conversas diretas sobre “patrocínios para eventos” e o “agendamento de reuniões estratégicas”.

“Esta é uma oportunidade de gerar negócios com novos parceiros. Isso pode significar uma colaboração entre empresários e investidores que ainda não tiveram a chance de se conectar nesse mercado. A Fatal Model pavimenta uma história de superação num segmento que, apesar dos estigmas, não para de crescer”, afirma Nina Sag, acompanhante e diretora de comunicação da Fatal Model.

Em nota, a Fatal Model fala em 20 milhões de usuários mensais na plataforma. Uma matéria da Exame do começo do ano falava em um faturamento de R$ 85 milhões em 2023, com a meta de ar dos R$ 100 milhões neste ano. 

São bons números em um mercado para lá de sólido (um dos mais antigos do mundo, poderia se dizer), que deveriam abrir portas de investidores com alguma facilidade, sem necessidade de QR Codes no meio da rua.

O estratagema provavelmente tem uma explicação dupla. Por um lado, é publicidade barata com repercussão garantida, uma versão mais em conta da estratégia de patrocinar grandes clubes de futebol, gerando visibilidade nas camisetas e mídia espontânea na imprensa.

Por outro lado, o estigma existe: o modelo de negócio da Fatal Model é ser um classificado para garotas de programa (principalmente, mas também garotos e transsexuais), cobrando por visibilidade dos profissionais do sexo. 

É um conceito que já existiu em algumas variações no ado, mas nunca com a escala e a visibilidade alcançadas pelo Fatal Model, que, apesar de todo o sucesso, até agora não divulgou nenhum aporte de fundos de investimento, por exemplo. 

Em abril, a Fatal Model divulgou em nota a intenção de captar R$ 50 milhões de investidores. 

A própria Sag não deixa de ser um sintoma desse estigma. A diretora de comunicação da Fatal Model, contratada em 2022, é a única face visível do negócio, mas não é uma fundadora e provavelmente não toma decisões estratégicas sobre o futuro da empresa.

Nas suas divulgações, a Fatal Model afirma ter 300 profissionais, mas quase ninguém coloca isso no Linkedin. 

Segundo revela a matéria da Exame, a Fatal Model foi fundada em Pelotas, no Rio Grande do Sul, em 2016, por três empreendedores com background na área de tecnologia que preferem não aparecer.

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