
Diversidade é um tema central da agenda da Salesforce. Foto: Pexels.
A Salesforce fez um roll out mundial das suas políticas de recursos humanos orientadas a funcionários transgêneros, incluindo US$ 1,5 mil (R$ 8,3 mil, no câmbio de hoje) a título de ajuda de custo na transição de sexo.
O valor é dividido entre US$ 1 mil para reembolso de custos legais no processo de atualização de documentos de identidade com o novo nome e gênero, além de outros US$ 500 para que os funcionários possam comprar novas roupas.
“Na Salesforce, queremos fazer a nossa parte para remover o máximo de barreiras possível para garantir que nossos funcionários transgêneros e não-binários recebam os cuidados que precisam e vivam como seu eu verdadeiro e autêntico”, afirma Lori Castillo Martinez, Chief Equality Officer Interina da Salesforce.
Além dos valores pré-determinados, a cobertura médica da empresa a incluir procedimentos e tratamentos médicos de afirmação de gênero, como cirurgias, medicamentos prescritos, terapia hormonal, transplante e remoção de cabelo, por exemplo.
Também entram no pacote quatro semanas de licença remunerada para os funcionários para a recuperação, após os procedimentos.
Até então, a política só valia para os funcionários da Salesforce nos Estados Unidos.
A nota distribuída pela Salesforce não chega a dar detalhes sobre a aplicação da medida no Brasil (trata-se de texto assinado por Martinez e traduzido para o português).
De acordo com o Linkedin, a Salesforce tem cerca de 1 mil funcionários no Brasil, então o número de potenciais beneficiados por apoio na transição de sexo não deve ser especialmente alto.
De qualquer forma, mais do que pelo número de afetados, a nova política pode ser lida como mais um o da Salesforce em estender a sua visão de diversidade como um aspecto central de agenda de responsabilidade corporativa em nível mundial.
Em junho, por exemplo, a multinacional patrocinou a Marcha do Orgulho Trans da Cidade de São Paulo, a primeira iniciativa do tipo da empresa em nível mundial.
(A empresa não está sozinha: em agosto, o Itaú divulgou que estava procurando 40 desenvolvedores transgêneros para ingressar em um curso imersivo em programação Java e .Net visando ser contratados pelo banco).
A pauta de diversidade está presente na agenda de quase todas as grandes multinacionais de TI instaladas no país, e, cada vez mais, também nas empresas brasileiras de porte médio para cima.
Microsoft e Zendesk, por exemplo, foram patrocinadores da 23ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo em 2019.
Outras empresas como SAP, HPE, Google, Dell, Oracle e IBM têm comitês internos e estão engajados em iniciativas relacionadas ao assunto.