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Mark Zuckerberg, CEO do Facebook. Foto: flickr.com/photos/quintanomedia.
O Facebook apostou em uma participação de 10% na Jio Platforms, empresa indiana de telecomunicações e banda larga, por US$ 5,7 bilhões.
Segundo a Forbes, a companhia é controlada pela Reliance Industries, conglomerado industrial presidido por Mukesh Ambani, a pessoa mais rica da Índia.
"Estamos fazendo um investimento financeiro e, mais do que isso, estamos comprometidos a trabalhar juntos em alguns grandes projetos que abrirão oportunidades de comércio para pessoas em toda a Índia", disse Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, em comunicado na rede social.
Nos últimos anos, a Reliance Retail vem experimentando o que chama de novo comércio, que envolve negócios com uma variedade de pequenas lojas de bairro, incluindo mercearias, fornecedores de hardware, lojas de calçados e papelaria.
A companhia forneceu a cada um deles uma máquina de ponto de venda da Jio, chamada POS, que auxilia em atividades como gerenciar inventário, faturar pedidos e oferecer cupons de desconto.
Em dezembro do ano ado, a empresa lançou um aplicativo chamado JioMart, plataforma voltada para o consumidor que trabalha em conjunto com as máquinas POS.
Através do app, os consumidores podem fazer pedidos e selecionar a loja da vizinhança de onde preferem que seus produtos venham.
Como a Índia é o maior mercado do WhatsApp, com 400 milhões de usuários, a intenção do acordo entre Zuckerberg e Ambani é criar uma colaboração entre o aplicativo de conversa e o JioMart, que tem 388 milhões de s no país.
"Por exemplo, ao reunir o JioMart com o poder do WhatsApp, podemos permitir que as pessoas se conectem com empresas e comprem produtos em uma experiência móvel contínua", disseram David Fischer, diretor de receita do Facebook, e Ajit Mohan, vice-presidente e diretor-gerente do Facebook na Índia, em comunicado.
Atualmente, a JioMart está executando um programa piloto na cidade de Navi Mumbai, município do oeste indiano com mais de 1,1 milhão de habitantes, onde trabalha com milhares de lojas de bairro.
Enquanto isso, o Facebook está executando um piloto do WhatsApp Pay, seu serviço de pagamentos digitais, limitado a 1 milhão de usuários - enquanto busca a aprovação do regulador de pagamentos digitais do país.
Com o acordo, o Facebook ainda obtém o a uma operadora de telecomunicações, o que significa o a uma grande quantidade de dados, como tipos de aparelhos, localização de clientes, uso de dados, dados de gastos, aumentando ainda mais a sua capacidade de segmentar anúncios.
Já a Jio, além de obter o dinheiro e o poder técnico do Facebook, terá o ao aplicativo mais poderoso do país, considerado sinônimo da internet indiana.
Para o TechCrunch, a aposta do Facebook na Jio Platforms poderia criar uma dor de cabeça para os serviços de pagamentos móveis que acumularam dezenas de milhões de usuários, enquanto lutavam para encontrar um modelo de negócios no segundo maior mercado de internet do mundo.
As empresas que mais precisariam se preocupar são Amazon, Paytm e Flipkart, da Walmart.